A defesa do estudante de medicina, de 22 anos, que atropelou e matou a corredora Danielle Correa de Oliveira, de 41 anos, na MS-010, em Campo Grande, entrou com o pedido de revogação da prisão preventiva. O rapaz está preso desde o último dia 15.
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O acidente ocorreu no km 04 da rodovia, quando o estudante dirigia embriagado um Fiat Pulse e, nas proximidades do Parque do Peão, tentou realizar uma ultrapassagem e colidiu contra Danielle e uma colega de corrida.
O estudante foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia, onde o juiz, Aluísio Pereira dos Santos, decidiu mantê-lo preso preventivamente.
Diante disso, o advogado José Roberto Rosa solicitou a revogação da prisão do universitário, visto que ele é réu primário e não possui antecedentes criminais.
A defesa cita no pedido de revogação o clamor social gerado pela morte de Danielle. “Foi utilizado como um dos principais elementos para justificar a conversão da prisão. Mas é importante destacar que tal pressão social não pode ser considerada como fundamento para a decretação da prisão preventiva”, diz parte do pedido.
Além disso, a defesa propões algumas medidas cautelares, caso o pedido seja aceito como o comparecimento do estudante em juízo mensalmente, além da proibição de ausentar-se da comarca sem autorização judicial prévia, recolhimento domiciliar noturno e o uso de monitoramento eletrônico.
A defesa do estudante conversou com o Midiamax na última sexta-feira (21), onde falou que, nesse momento, a prioridade é o pedido de revogação. “A nossa ideia é tentar verificar se é possível conceder a liberdade para ele. Nesse momento, a preocupação é com esse tema, pois, como ele é residente, não pode ter faltas no hospital. Então, uma das principais coisas que ele perderia nesse momento é a residência”, finalizou José Roberto.
Estudante de medicina chorou ao ouvir decisão de prisão
Vídeo da audiência de custódia no último domingo (16) mostra o estudante de medicina aos prantos ao ouvir a decisão do magistrado no Fórum de Campo Grande.
Nas imagens é possível ver o estudante de cabeça baixa e quando ouve a decisão do juiz vai aos prantos. Ele estava embriagado quando dirigia o carro e acabou atropelando Danielle, que treinava para uma maratona com um grupo, na MS-010.
João se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas era visível seu estado de embriaguez. O estudante utilizava uma pulseira de uma casa noturna localizada na Avenida Afonso Pena e, dentro do veículo, foram encontradas latas e garrafas de cerveja.
Motorista desorientado
A publicitária Gisele Dias praticava corrida com a vítima, e estava no grupo que treinava na manhã de sábado (15).
“Ele (o motorista embriagado) falava que estava indo para a casa dele, falava que morava em Campo Grande, outra hora ele falava que morava perto da Santa Casa, outra hora falava que morava perto do shopping, e a gente estava indo a Rochedo, estávamos a 7 km de Campo Grande”, detalhou a atleta.
“Ele (o motorista) estava muito distante de onde ele pensava que ele estava indo, totalmente sem noção de qualquer coisa”, completa Gisele.
“Não deveriam ser só crimes hediondos que deveriam ser inafiançáveis. Isso foi um crime hediondo, gente, precisa ser revisto isso. Não dá para a pessoa deliberadamente se embriagar, pegar o carro, sair, atropelar uma pessoa, matar uma pessoa, depois voltar para casa e seguir a vida dele. O rapaz, ele estava extremamente embriagado”, desabafou.
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