Na manhã desta segunda-feira (19), o motociclista Emerson de Jesus Antunes Braga, de 35 anos, morreu em um acidente envolvendo um ciclomotor, conduzido por um idoso na Avenida Euler de Azevedo, em . Sendo assim, o BPTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito) faz um alerta sobre a condução dos ciclomotores e a diferença entre o veículo e uma bicicleta elétrica.

A principal diferença dos dois veículos é a velocidade. Para se enquadrar como bicicleta elétrica, o veículo precisa atingir até 32 quilômetros por hora. Quando é capaz de ultrapassar essa velocidade, o veículo se enquadra como um ciclomotor.

Com aparência e características semelhantes a uma bicicleta elétrica, o ciclomotor, que custa em torno de R$ 5 mil a R$ 8 mil, possui velocímetro (dispositivo que controla a velocidade), acelerador, ultrapassa mil watts de potência e pode chegar a 50 km por hora. 

Para a condução de um ciclomotor são necessárias as mesmas medidas de segurança de um motociclista comum, como licenciamento no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e emplacamento, todas estabelecidas no CTB (Código de Trânsito Brasileiro). 

Caso não tenha CNH (Carteira Nacional de Habilitação) categoria A, o condutor precisa da ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotores), segundo o que consta na Resolução 996 do (Conselho Nacional de Trânsito) de 2023.

Quem explica as características que diferem o ciclomotor da bicicleta elétrica é o Aspirante Valério, do BPTran. “As bicicletas elétricas não necessitam de uma habilitação específica, porém não pode ultrapassar os mil watts de potência, a velocidade máxima dela chega a 32 km por hora. Ela também não pode ter acelerador e nem velocímetro, e o condutor precisa estar preparado com equipamentos de segurança, como capacete, luva de proteção”.

Aspirante Valério, do BPTrân de Campo Grande. (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Do início de 2024 até esta segunda-feira (19), foram registrados 405 acidentes envolvendo motocicletas em geral – incluindo ciclomotores, já que o sistema da polícia não diferencia por categoria -. Segundo o Aspirante Valério, não é especificado a quantidade de sinistros envolvendo os dois tipos de bicicletas, pois a elétrica se equipara a uma bicicleta comum.

O caso noticiado nesta segunda é o primeiro óbito em acidente envolvendo condutor de ciclomotor do ano. Outras quatro mortes de motociclistas no trânsito foram registradas até o momento, segundo dados do BPTRân.

Morte com bicicleta elétrica

No que se refere a bicicleta elétrica, há 13 dias, Kátia Silene, de 43 anos, morreu depois que a roda da bicicleta que ela conduzia travou em Campo Grande. Ela caiu e bateu a cabeça no chão. O acidente aconteceu na manhã do dia 6 de fevereiro em outra avenida de grande movimento, a Ernesto Geisel.

Entre os cuidados a serem tomados durante a condução de uma bicicleta elétrica, são: transitar em ciclofaixas ou ciclovias; se for atravessar a rua, olhar para os dois lados, descer da bicicleta e atravessar a pé empurrando o equipamento. 

E ao decidir comprar uma bicicleta elétrica ou um ciclomotor, o recomendado é fazer a leitura da Resolução 996 do Contran. Na resolução, é especificado corretamente o que é bicicleta elétrica, bicicleta comum, ciclomotor e outros veículos. 

“Se for um ciclomotor, sugiro que procure o primeiramente para se habilitar na categoria de ACC e que posteriormente vá adquirir esse equipamento para sua locomoção. Já a bicicleta elétrica, sugiro que leia essa mesma resolução, vá com conhecimento na loja para não comprar um ciclomotor ao invés de uma bicicleta elétrica. Busque se equipar com segurança, com capacete, joelheiras, cotoveleiras”.

Campo-grandenses trocam por bicicleta elétrica (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax)

*Editada às 15h04 para correção de informações. Na verdade, os 405 acidentes registrados este ano englobam todos os tipos de motocicletas, inclusive ciclomotores, e não somente bicicletas elétricas como informado anteriormente