O assalto aos cambistas paraguaios que causou prejuízo de mais de US$ 30 milhões no último final de semana em Ciudade Del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná, poderia ter sido evitado. Investigações da Polícia Federal do Brasil revelam que criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital) já planejavam a ação há alguns meses.

O alerta foi repassado ao Departamento de Inteligência da Polícia Nacional, chefiado pelo Comissário General Éver Constâncio Paris, que era chefe do Grupo de Operações Especiais (GEO), do Quartel-General de Ciudad del Este. As informações são do site Última Hora.

Por meio de trabalho de inteligência entre a Polícia Federal e o Departamento Contra Crimes Econômicos da Polícia Nacional, atualmente Diretoria de Atos Puníveis, foi abortado um roubo de características semelhantes à empresa Prosegur em Ciudad del Este, em 2015.

Segundo dados dos dois países, em 2017, na região central de Assunção, foi detectada uma escavação de 260 metros cujo objetivo eram os cofres do Banco Continental, localizado na Rua Estrella.

Entre os suspeitos do assalto milionário mais recente, está um criminoso conhecido como ‘Gordo’. Ele é acusado de ser o líder da quadrilha que se encarregou de cavar mais de 150 metros de túnel para chegar ao cofre dos doleiros.

‘Gordo’, segundo a polícia, fingiu ser responsável pela Ropería Daniele, uma empresa de fachada instalada no local onde foi escavado o túnel, durante mais de um ano. A mulher, identificada como Daniele, seria sua companheira.

O outro procurado é um jovem paraguaio de 25 anos. Ele atuou como testa de ferro no aluguel de uma casa e motorista de pelo menos um veículo usado para sacar o dinheiro, segundo os investigadores.