PMMS abre inquérito para apurar suposto estupro e transfere policiais de funções 

Mulher foi encaminhada para passar por exames de corpo de delito

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A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul abriu inquérito policial militar para apurar a denúncia contra um policial militar por suposto estupro. A vítima seria uma mulher, de 27 anos, que afirma que teve a casa invadida pelos policiais e foi arrastada até a viatura, de onde seguiram até o local onde teria ocorrido a situação.

Conforme a corporação, a equipe foi acionada para atender a uma ocorrência de vias de fato e dano. 

“Os policiais militares adotaram as providências necessárias à situação, no entanto, posteriormente, uma das partes foi até a delegacia e realizou uma denúncia de tentativa de estupro por um dos policiais militares”, informa a nota.

Diante da denúncia, a PMMS abriu o inquérito para verificar as circunstâncias em que a situação desenrolou. “Para garantir a lisura do procedimento e preservar as partes, os policiais militares foram remanejados para novas funções durante sua instauração”.

Ainda segundo a PM, as investigações da Polícia Militar e da Polícia Civil ocorrem separadamente por conta da autonomia das forças.

“Reforçamos que a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul não coaduna com qualquer eventual desvio de conduta de seus integrantes”, finaliza.

Ocorrência e acusação

Pouco antes do caso, a mulher, segundo informou à polícia, durante registro de ocorrência, havia chegado em casa após ter discutido com um amigo em uma lanchonete. O marido saiu para voltar até a lanchonete, ficando na casa a mulher, o irmão e o filho da vítima, quando a guarnição chegou. 

Ainda conforme relato da mulher, os policiais teriam entrado na residência sem seu consentimento, afirmando que havia uma denúncia e que ela seria presa, sem dizer o motivo. A mulher ainda contou que eles não teriam a deixado pegar os documentos, nem trocar de roupa, já que estava com short de dormir e sutiã.

Ela teria sido arrastada até a viatura e seguiu com os policiais sentido à delegacia. Ela lembrou que eles pegaram a BR, mas depois seguiram sentido a casa dela novamente, quando no meio do caminho pararam e a desceram do carro. Um dos policiais teria a segurado pelos braços enquanto o outro praticou o estupro, ejaculando nas roupas e no corpo da mulher.

Eles a levaram depois para a casa. No dia seguinte, teriam procurado o amigo, com quem a vítima havia discutido na lanchonete, pedindo que ele registrasse ocorrência contra a mulher.

Na companhia de um advogado, a vítima procurou a delegacia. Como ela estava com hematomas no braço direito, dores no corpo e cotovelo ralado, foi encaminhada para realizar o exame de corpo de delito. 

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