Uma mulher, de 27 anos, procurou a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) para denunciar um policial por estupro. O crime teria ocorrido na noite de domingo (5), no interior de Mato Grosso do Sul.

Conforme o relato da mulher, naquela noite estava comemorando seu aniversário com o marido, filho e irmão em uma lanchonete, além de amigos. Em certo momento, discutiu com um dos amigos, mas logo foram embora. 

Chegando em casa, o marido percebeu que havia levado um celular por engano e retornou à lanchonete para devolver, ficando na casa a mulher, o irmão e o filho da vítima, quando a guarnição chegou. 

Os policiais, conforme disse a mulher, teriam entrado na residência sem seu consentimento, afirmando que havia uma denúncia e que ela seria presa, sem dizer o motivo. A mulher ainda contou que eles não teriam a deixado pegar os documentos, nem trocar de roupa, já que estava com short de dormir e sutiã.

A mulher teria sido arrastada até a viatura e seguiu com os policiais sentido à delegacia. Ela lembrou que eles pegaram a BR, mas depois seguiram sentido a casa dela novamente, quando no meio do caminho pararam e a desceram do carro. 

Um dos policiais teria a segurado pelos braços enquanto o outro praticou o estupro, ejaculando nas roupas e no corpo da mulher.

O ‘amigo’ com quem a mulher havia discutido na lanchonete passou pelo local e questionou os policiais sobre o porquê estavam ali, quando foi respondido que a vítima estava resistindo à prisão e que era para ele ir embora.

Em seguida, os policiais teriam a colocado novamente na viatura, dizendo que a levariam para a delegacia, mas a levaram para casa, ordenando que não contasse para ninguém. 

A mulher chegou a pegar o celular de um dos policiais para ligar para a mãe e ver onde o filho estava, já que ele não estava mais em casa. O policial primeiro se certificou que a ligação não era para um advogado e então deixou a menina falar com a mãe.

No dia seguinte, os policiais ainda teriam procurado o rapaz com quem a vítima discutiu, pedindo para que ele registrasse ocorrência contra ela. 

A mulher procurou a delegacia na companhia de um advogado. Como ela estava com hematomas no braço direito, dores no corpo e cotovelo ralado, foi encaminhada para realizar o exame de corpo de delito. 

A mulher não sabe os nomes dos policiais, mas os descreveu. Ela ainda apresentou o número do telefone do policial, que conseguiu quando fez a ligação para a mãe.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, e aguarda retorno. O espaço segue aberto.

*Matéria editada às 13h35