Um homem de 44 anos foi preso nesta terça-feira (26) em flagrante durante a Operação Snow, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Durante cumprimento de mandado de prisão, os policiais encontraram uma arma de fogo na residência.

Equipes da Rotac, em apoio ao Gaeco, chegaram à residência que fica no Residencial Oliveira por volta das 6h para cumprir mandado de prisão. 

Na casa, foram apreendidos dois cadernos de anotações e o aparelho celular do alvo, que foram entregues na sede do Gaeco. 

Durante vistoria, os policiais encontraram um revólver calibre .38 Special, com acabamento niquelado, carregado com 5 munições em cima da geladeira.

Por este motivo, ele foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e conduzido para a Depac Cepol, quando também foi cumprido o mandado de prisão.

Foram expedidos 21 mandados de busca e apreensão e de prisão em e Ponta Porã.

Policiais faziam parte de esquema criminoso

Segundo o MPMS (Ministério Público Estadual), a organização era altamente estruturada, com uma rede sofisticada de distribuição, com vários integrantes, entre eles policiais cooptados pela organização. O grupo usava empresas de transporte para lavar o dinheiro.

Uma das maneiras utilizadas pelo grupo para trazer a droga de Ponta Porã até Campo Grande, de onde saía para outros estados, era o chamado “frete seguro”, por meio do qual policiais civis transportavam a cocaína em viatura oficial caracterizada, já que, como regra, não era parada, muito menos fiscalizada por outras unidades de segurança pública.

O grupo transportava a droga oculta em meio a uma carga lícita, o que acabava por dificultar a fiscalização policial nas rodovias, principalmente quando se tratava de material resfriado/congelado, já que o baú do caminhão frigorífico viajava lacrado.

A organização ainda fazia a transferência da propriedade de caminhões entre empresas usadas pelo grupo e os motoristas, para assim chamarem menos a atenção em eventual fiscalização policial. Ainda segundo o Gaeco, foi possível identificar mais duas toneladas de cocaína da organização criminosa, apreendidas em ações policiais.