A Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu, nesta quarta-feira (14), que Jamil Name Filho e o ex-guarda municipal Marcelo Rios participarão do julgamento do assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como ‘Playboy da Mansão’, ocorrido em outubro de 2018, por videoconferência.

Em junho, a defesa de Name havia pedido pela videoconferência, alegando que não era necessário que Jamil estivesse presente no banco dos réus. “Com relação à possibilidade do acusado se fazer presente no julgamento ora designado, esta defesa informa, desde logo, que dispensa seu comparecimento pessoal, possibilitando, todavia, que acompanhe toda a sessão plenária e seja interrogado por videoconferência”.

A decisão pela videoconferência foi publicada nesta quarta (14). Já para o réu Everaldo Monteiro de Assis, a Justiça decidiu pelo seu comparecimento pessoal no tribunal do júri.

Júri de quatro dias e aparato policial

O julgamento foi marcado para os dias 16, 17, 18 e 19 de setembro, ficando o dia 20 reservado para imprevistos, visto que há 19 testemunhas para serem ouvidas. Foi pedido, pelo magistrado, reforço na segurança. “Da mesma forma oficie-se ao Comando Geral Da Polícia Militar deste Estado para reforçar também a segurança externa e interna do Fórum, devendo seguir o mesmo protocolo adotado noutros julgamentos nesta comarca como ocorreu nos processos da vítima Matheus Coutinho Xavier, do acusado popularmente conhecido como ‘Beira Mar’ e do outro José Márcio Felício (vulgo, Geleião), fundadores do PCC.”

Ainda no pedido é mencionada a antecedência do júri para que se monte uma logística de escolta dos presos. “De bom alvitre anotar que está sendo agendado com antecedência para que o Ministério Da Justiça, via órgão de execução, Depen, não venha justificar falta de tempo para montar a logística necessária de escolta tais como planejamento, diárias dos policiais penais, passagens aéreas, inclusive, dos presos, etc.”.

Execução de Playboy da Mansão

A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.

Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.

Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi por um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.