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Polícia

Na plateia, mãe de Matheus Coutinho assiste júri de ‘Playboy da Mansão’ e acredita em condenação

Execução do estudante de Direito resultou em diversas fases da Operação Omertà, bem como o assassinato de Marcel, julgado nesta quarta-feira (18)
Lucas Caxito, Lívia Bezerra -
Cristiane de Almeida Coutinho. (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O terceiro e último dia de julgamento da morte de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como ‘Playboy da Mansão’, contou com a presença de Cristiane de Almeida Coutinho, mãe de Matheus Coutinho – executado por engano no lugar do pai em abril de 2019 – na plateia. A execução do estudante de Direito resultou em diversas fases da Operação Omertà, bem como o assassinato de Marcel, julgado nesta quarta-feira (18).

Um dos envolvidos nos dois crimes violentos é conhecido da alta classe da sociedade campo-grandense, de família tradicional e poderosa: Jamil Name Filho. Além dele, Marcelo Rios é acusado de envolvimento na execução de Marcel e, também, de Matheus Coutinho.

Name e Rios foram condenados a 23 anos, enquanto Vladenilson Olmedo foi condenado a 21 anos de prisão em julho do ano passado pela morte do estudante. Agora, em solidariedade, Cristiane acompanha o julgamento que pode condenar, mais uma vez, a organização criminosa de execuções nesta tarde de quarta (18).

Em entrevista ao Jornal Midiamax durante o intervalo no Tribunal do Júri, a mãe do estudante disse que a solidariedade a família motivou sua ida ao fórum. “Eu não os conheço, nunca tive relação, mas eu vim prestar a minha solidariedade e estou aqui acompanhando”. 

A mãe do estudante também demonstrou empatia com o julgamento, visto que em julho de 2023 ela é quem encarou mais de 30 horas de júri como assistente de acusação para que os acusados fossem condenados pela execução de Matheus. 

“Eu imagino como deve ser difícil para eles, doloroso, inclusive, o próprio júri deve ser extremamente doloroso, porque eu sei, eu já senti e sinto essa vez também”, disse à reportagem.

Cristiane explicou que não teve acesso aos autos do processo, mas acredita na condenação dos réus pela morte de Marcel Colombo. “Eu acredito que possa ter condenação, porque tem muitas provas, provas compostas. Eu acredito”, afirmou.

Defesa de Name alega que Playboy da Mansão era violento

No 3º e último dia de júri, defesa de Jamil Name Filho busca a absolvição do cliente, réu por matar Marcel Costa Hernandes Colombo. Nesta tarde, os advogados Pedro Paulo Sperb e Nefi Cordeiro alegaram que a vítima agredia violentamente as pessoas e questionam o motivo da investigação. 

“Nós tivemos uma pessoa que cobrava violentamente pessoas, que agredia pessoas, que possui acusação por tráfico de drogas, e ninguém foi atrás de outros desafetos? Preferiram acreditar que o motivo foi de uma briga acontecida quatro, cinco anos antes?”, falou Nefi, se referindo a briga entre Jamilzinho e Marcel ocorrida em uma boate anos antes do crime.  

O advogado Pedro Paulo também afirma que a vítima não levava ‘desaforo’ para casa. “Marcel Colombo, por seus amigos dito que não levava desaforo para casa, e nenhuma oitiva, nada foi trazido por esses amigos pela investigação. Nada foi feito para buscar outras linhas de investigação”, defendeu. 

Ao ser interrogado por videoconferência na terça (17), Jamilzinho negou que tenha mandado matar ‘Playboy da Mansão’.

Jamil Name – que morreu na Penitenciária Federal de Mossoró -, Jamil Name Filho, Marcelo Rios, Rafael Antunes, José Moreira – que morreu em troca de tiros no Rio Grande do Norte -, Juanil e Everaldo Monteiro de Assis são réus pelo crime.

Funcionária de telefonia recebeu R$ 2 mil de policial federal para dar informações aos Name

O policial federal Everaldo Monteiro, um dos réus pela morte de Marcel, é acusado de pagar R$ 2 mil para a funcionária de uma empresa de telefonia passar informações à família Name.

O promotor Gerson Eduardo de Araújo fez a declaração durante o julgamento. Conforme ele disse, Everaldo protegia informações sem backup e mandava para o próprio e-mail.

“Está comprovado que o Everaldo usava pesquisas de interesse de Name Filho e também de colegas. Teve a pagar R$ 2 mil para funcionária de empresa de telefonia para pegar informações que só podia passar para juiz”, disse Gerson.

Mais cedo, o promotor Douglas Oldegardo afirmou no plenário que mandante não passa recibo. “Não tem áudio, bilhete, mensagem em que Jamil fala para matar o Marcel. Não existe”.

Playboy da Mansão

A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.

Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.

Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.

Marcel foi assassinado em 2018, mas a rixa entre o ‘Playboy da Mansão’ e Name começou em 2016, quando os dois se desentenderam por causa de balde de gelo. Em 2021, Jamil Name Filho negou ser o mandante da morte, mas confirmou o atrito e deu detalhes.

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