Funcionária de telefonia recebeu R$ 2 mil de policial federal para dar informações aos Name, diz promotor

Policial Federal Everaldo Monteiro é um dos réus pela morte de Marcel Costa Hernandes Colombo

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Promotor Gerson Eduardo de Araújo. (Foto: Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

O policial federal Everaldo Monteiro, um dos réus pela morte de Marcel Costa Hernandes Colombo, o ‘Playboy da Mansão’, é acusado de pagar R$ 2 mil para a funcionária de uma empresa de telefonia passar informações à família Name. O promotor Gerson Eduardo de Araújo fez a declaração durante o julgamento.

Gerson foi o terceiro promotor a falar no plenário do julgamento na manhã desta quarta-feira (18), em Campo Grande, último dia de júri que deve demorar 13 horas para o veredito final. Conforme o promotor disse, Everaldo protegia informações sem backup e mandava para o próprio e-mail.

“Está comprovado que o Everaldo usava pesquisas de interesse de Name Filho e também de colegas. Teve a pagar R$ 2 mil para funcionária de empresa de telefonia para pegar informações que só podia passar para juiz”, disse Gerson.

O promotor ainda falou que o PF era altamente preparado e tinha relações com os líderes, pois fornecia dados sensíveis para Jamilzinho. “Temos situações comprovadas que Everaldo tinha relações com os líderes. Altamente preparado, sabia com quem estava lidando. Ele ganhava celular, passagem com a família inteira para Fortaleza”, afirmou.

Mais cedo, o promotor Douglas Oldegardo afirmou no plenário que mandante não passa recibo. “Não tem áudio, bilhete, mensagem em que Jamil fala para matar o Marcel. Não existe”. Jamil Name Filho negou na terça (17) que tenha mandado matar Marcel Colombo.

Jamil Name – que morreu na Penitenciária Federal de Mossoró -, Jamil Name Filho, Marcelo Rios, Rafael Antunes, José Moreira – que morreu em troca de tiros no Rio Grande do Norte -, Juanil Miranda e Everaldo Monteiro de Assis são réus pelo crime.

Playboy da Mansão

A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.

Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.

Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.

Marcel foi assassinado em 2018, mas a rixa entre o ‘Playboy da Mansão’ e Name começou em 2016, quando os dois se desentenderam por causa de balde de gelo. Em 2021, Jamil Name Filho negou ser o mandante da morte, mas confirmou o atrito e deu detalhes.

Conteúdos relacionados