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Polícia

Morre guarda que teve 50% do corpo queimado ao tentar apagar incêndio em escola no Itamaracá

Incêndio aconteceu no último dia 7 e o guarda estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa
Lívia Bezerra -
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O GCM (Guarda Civil Metropolitano) Célio Guimarães, de 52 anos, que teve 50% do corpo queimado durante um incêndio em uma escola, no Jardim Itamaracá, em Campo Grande, morreu na manhã desta sexta-feira (26), na Santa Casa

A informação foi confirmada à reportagem do Jornal Midiamax pelo SINDGM-CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande) nesta tarde. Célio se feriu quando trabalhava cuidando da escola e tentava apagar as chamas.

Ele foi socorrido e encaminhado para UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. Devido à gravidade, foi levado para a Santa Casa, onde estava sedado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Porém, Célio veio a óbito às 8h19 desta sexta, após choque séptico, que é uma infecção generalizada que causa falência de órgãos e pressão arterial perigosamente baixa, segundo informou o hospital.

Conforme o sindicato, ele atuou na GCM por mais de 30 anos. “Uma triste notícia! E que também chama atenção naquilo que a gente vem falando há vários anos, que é a valorização desses servidores e profissionais”, lamenta o presidente do SINDGM, GCM Hudson Bonfim.

Outra cobrança que vem à tona é o pedido do sindicato feito em 2023 para pagamento da gratificação de periculosidade aos guardas, que não teria sido atendido, segundo o presidente. “A prefeitura editou uma lei do adicional de periculosidade para início de pagamento em janeiro de 2023, o que não aconteceu, mesmo com reconhecimento de todas as autoridades, inclusive do judiciário”.

A reportagem acionou a Prefeitura Municipal de Campo Grande para esclarecimento sobre as causas do incêndio e se há previsão de pagamento da gratificação de periculosidade a categoria.

Por meio de nota, o órgão informou que o laudo ainda não está concluído. Já sobre o pagamento da gratificação de periculosidade, lembrou que está judicializado. Em relação à morte do GCM, a prefeitura lamenta e ressalta a importância do profissional durante longos anos. Confira a nota na íntegra:

“O laudo não está concluído. Sobre a questão da periculosidade, a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) lembra que a situação está judicializada.

Quanto ao falecimento,

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento do servidor público, GCM Célio Marcos Lopes Guimarães, ocorrido nesta sexta-feira, dia 26 de janeiro.

Integrante valoroso da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande, o GCM Guimarães, como era seu nome de guerra, estava lotado na Gerência Operacional Bandeira, tinha 52 anos e se tornou guarda muito jovem, com pouco mais de 20 anos, em 15 de novembro de 1991, e era um dos servidores mais antigos da instituição. Ao longo de 33 anos de serviço, exerceu sua função com muito empenho, servindo e protegendo a sociedade campo-grandense.

A Sesdes informa que desde o incidente envolvendo o servidor, a família está sendo acompanhada pelo Fundo Assistido ao Guarda (FAG) que oferece toda a assistência necessária por meio do setor psicossocial.

Muito respeitosamente, a Sesdes e toda a Guarda Civil Metropolitana estão em luto e se solidarizam com a dor dos familiares, colegas de farda e amigos do GCM Guimarães. A Administração Pública Municipal reforça os votos de pesar pela grande perda e agradecimentos à imensa dedicação e excelente trabalho prestado ao município de Campo Grande.”

O espaço segue aberto para manifestação.

Incêndio 

De acordo com informações, o agente estaria fazendo um café na cozinha da Escola Municipal Antônio José Paniago, quando houve uma explosão, provavelmente devido a algum vazamento de gás. 

Equipe da GCM foi acionada e, ao chegar, se deparou com fogo na cozinha em grandes proporções. Em seguida, o Corpo de Bombeiros chegou para prestar apoio.

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