Mecânico que matou Arlei em conveniência na Euclides da Cunha é condenado a 12 anos em regime fechado
Durante o julgamento, mecânico assumiu o crime e disse que terá que conviver com isso pelo resto da vida
Lívia Bezerra –
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O mecânico Giovane Oliveira Carvalho foi condenado a 12 anos de prisão por matar Arlei dos Santos Sorrilha em uma conveniência, na Rua Euclides da Cunha, região central de Campo Grande. O crime aconteceu em dezembro de 2017 e Giovane foi condenado nesta terça-feira (10).
Giovane se apresentou à delegacia no dia 4 de dezembro, quase dois dias após o assassinato. Ele disse na época que agiu em legítima defesa. Sentado no banco dos réus nesta manhã, ele disse que terá que conviver com o crime pelo resto da vida. “Como vou educar meu filho sendo homicida? Como a sociedade vê um homicida?”, declarou.
O julgamento ocorreu com apenas um dos réus, uma vez que Anderson Henrique de Almeida morreu em novembro de 2020 vítima de um acidente de trânsito.
Assim, o Conselho de Sentença condenou Giovane a 10 anos pelo crime de homicídio qualificado e a 2 anos de reclusão e 10 dias-multa por porte ilegal de arma de fogo, à razão de 1/30 do salário mínimo vigente ao tempo dos fatos, devidamente corrigido.
As penas totalizam 10 anos de reclusão e o mecânico terá de cumpri-las em regime fechado.
Julgamento
A denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aponta que na noite de 2 de dezembro de 2017, Giovane estava com o amigo Anderson Henrique de Almeida na conveniência. Os dois deixavam o local de carro quando Anderson, que era o motorista, atingiu Arlei ao dar ré.
A vítima ficou irritada e discutiu com os dois. Nesse momento, um segurança da conveniência expulsou os três e amigos de Arlei o seguraram pelos braços para o tirarem do local. No entanto, enquanto saíam, Giovane teria questionado à vítima “você não é o ‘brabão’?” Nesse momento, Arlei se soltou dos amigos e foi até o carro onde os acusados estavam.
Ainda, conforme a denúncia, Giovane desceu com a arma já em punho e atirou cinco vezes em Arlei, que morreu antes mesmo da chegada do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Em depoimento, mais de meia década após o crime, Giovane disse que ele e Anderson queriam “paz”. Também afirmou que Arlei entendeu a provocação de maneira errônea. “Eu falei para um amigo ‘por que ele está bravo se a gente está pedindo desculpa?’, e ele veio ‘o que você falou? brabão?’ e veio querendo bater na gente”, disse.
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