O homem de 44 anos preso na última sexta-feira (14), em Campo Grande, depois de atirar na cabeça da esposa teve a prisão preventiva decretada pela Justiça em audiência de custódia neste domingo (16). Ele apresentou várias versões para os fatos, entre elas, que a esposa tentou o suicídio.

A decisão da manutenção da prisão foi da magistrada Eucelia Moreira Cassal. O homem foi preso na BR-060 por policiais do 10º Batalhão da Polícia Civil. Na delegacia, ele apresentou várias versões. A divergência de informações começou assim que ele foi questionado sobre uma arma, que ele guardava na residência. Aos militares ele disse que havia vendido o revólver.

Pouco depois, o homem teria dito aos policiais que a mulher dele sofreu um atentado. Segundo ele, um motociclista teria passado e disparado o tiro que atingiu a vítima. Em seguida, ele mudou a versão afirmando que ela tentou se matar.

Pouco depois, o suspeito concordou em mostrar o local onde havia escondido a arma. O revólver calibre 22 foi encontrado no chiqueiro com 9 munições, 7 delas intactas, uma deflagrada e a outra percutida.

O suspeito foi preso e encaminhado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). 

Depoimento 

Durante depoimento, o homem contou que ele e a mulher estavam ingerindo bebidas alcoólicas e começaram a discutir por uma divergência sobre a criação do filho e que ele atirou na testa da companheira.

Após o crime, o marido levou a mulher até o CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Coophavila 2, em Campo Grande. Segundo a delegada, enfermeiros desconfiaram da situação e acionaram a polícia Militar.

O homem está preso na Deam por tentativa de feminicídio e porte ilegal de arma de fogo. De acordo com a delegada, o suspeito não possui passagens pela polícia e não há registro de queixas contra ele. O estado de saúde da vítima é considerado grave e ela permanece no CTI (Centro de Terapia Intensiva).