Rúbia Joice de Oliver Luivisetto, 21 anos, ex-namorada do jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny, de 19 anos, que foi morto e esquartejado em julho do ano passado, teve a liberdade concedida pela Justiça, nesta quinta-feira (4). O acusado da morte, Danilo Alves, alegou legítima defesa para o crime.

A defesa de Rúbia alegou que: “Por fim, não deve prosperar o argumento de que a prisão preventiva de Rúbia é necessária para garantir a instrução processual. Como Ponderado, a ré está presa há 8 meses. À acusação, já foi oportunizada a produção das provas requeridas, inclusive periciais. As testemunhas arroladas já foram ouvidas em juízo. Não há requerimentos de novas provas para as quais a segregação mostra-se necessária.”

Diante disto, o magistrado Túlio Nader concedeu a liberdade a Rúbia, mas manteve a prisão de Danilo. “Há elementos suficientes nos autos a inferir que a revogação da prisão preventiva de Danilo poderá colocar em risco a ordem pública, bem como a garantia da aplicação da lei penal, visto que há o receio de fuga (inclusive para o Paraguai). As provas colhidas até o momento não alteram os motivos que ensejaram a decretação da segregação cautelar.”

Rúbia ficou presa 8 meses depois da descoberta do assassinato de Hugo, que teve partes do corpo encontradas no rio da cidade de Sete Quedas. Na época, a defesa de Rúbia disse que quando ocorreu o tiro que matou Hugo, todos que estavam na casa ficaram desesperados e Rúbia teria pedido para que tirassem o corpo do jogador de sua casa. “Tirem daqui, o que vocês fizeram?”, teria dito ex-namorada de Hugo. Tanto Rúbia como Danilo prestaram depoimento nesta quinta em audiência e o padrasto da jovem deve terminar o depoimento nesta sexta, já que na quinta teve de ser interrompida por falta de luz.

Segundo Azuma, a sua cliente tem arrependimento de nunca ter denunciado Hugo pelas agressões sofridas por ele e de no dia do crime não ter chamado a polícia. O trio teria ficado com medo de represálias depois do assassinato

Cleiton Torres, conhecido como ‘Maninho’, também já foi ouvido e disse ser inocente das acusações do crime. Em depoimento, ele chegou a dizer que nem tudo que disse quando interrogado na época era verdade e nem tudo era mentira, sem especificar o que seria verdade ou mentira. 

Serra elétrica para esquartejar corpo de jogador

A Polícia Civil concluiu que, para esquartejar o corpo, foram usadas uma serra fita de açougue e uma serra elétrica. Os objetos foram encontrados na casa do suspeito Danilo Alves e apreendidos pela polícia. A polícia também concluiu que o crime foi premeditado e dificultou a defesa do jogador. Hugo foi morto com três tiros, sendo dois na testa, e ainda teve o corpo esquartejado e arremessado no rio, o que envolveu uma força-tarefa para localizar os restos mortais. 

Conforme a polícia civil, na época do crime, foram ouvidas 17 testemunhas, além do cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, o que resultou em celulares e objetos perfurocortantes encaminhados para perícia. Ao todo, a investigação durou 11 dias e continua em andamento, com a colaboração de pessoas que foram “peças-chave” para identificação dos envolvidos.