As ocorrências de fraudes eletrônicas têm aumentado nas delegacias de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Por isso, as autoridades alertam a população sobre o que deve ser feito para evitar ser vítima de golpistas.

Entre os pontos a serem analisados, está a atualização do dispositivo eletrônico – que garantirá uma segurança maior para coibir os golpes. 

A fraude eletrônica é aquela praticada em meio virtual por indivíduos, estelionatários e criminosos que visam induzir as vítimas em erro e conseguir uma vantagem econômica ilícita. O Delegado Adjunto da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados, Mateus Rocha, destaca os pontos a serem observados. 

“Primeiro é a questão da segurança da confiabilidade desses mecanismos digitais. Nós também percebemos o aumento, cada vez mais, em razão dessa também comodidade e praticidade do armazenamento daqueles dados dito sensíveis em aparelhos telefônicos ou eventuais outros dispositivos eletrônicos”, destaca o delegado.

Para evitar ser vítima de um estelionatário, alguns cuidados que devem ser tomados é evitar salvar e armazenar em excesso os dados – sensíveis – em um único local.

“Evitar exatamente repetir as senhas e as chaves de acesso utilizadas em diversos perfis e logins ao longo de toda a rede mundial de computadores”, acrescenta.

Para garantir a segurança, o delegado orienta que software e dispositivos também devem estar atualizados sempre na última versão, pois, em regra, os desenvolvedores corrigem eventuais falhas de segurança que tenham sido constatadas no aparelho. 

“Além disso, sempre buscar a habilitação em duas etapas e buscar as vias oficiais para download de aplicativos, bem como também mantê-los atualizados”, finaliza.

Trio preso por aplicar golpes via Pix em Campo Grande

Três suspeitos de praticarem ao menos sete golpes via Pix em estabelecimentos comerciais foram presos pela 3ª DP (Delegacia de Polícia Civil) de Campo Grande na última quinta-feira (8). Eles aplicavam o golpe mediante a apresentação de comprovantes falsos de transferências.

Os suspeitos utilizaram um aplicativo para gerar o comprovante de pagamento de compra e nomes falsos de correntistas, ludibriando o funcionário do estabelecimento, que fornecia o produto, apenas percebendo o golpe dias depois.

Segundo a polícia, eles utilizavam técnicas de engenharia social, constatando as vulnerabilidades da dinâmica comercial para, em ato subsequente, aplicar os golpes.

Pena

Para o crime de estelionato, a pena é de 1 a cinco anos de prisão. Já na fraude eletrônica, a pena é de 4 a 8 anos, podendo ser aumentada em até 2/3, caso o crime seja cometido com uso de servidor – computador para armazenar dados – que esteja fora do Brasil. 

A pena também pode ser acrescida em até 1/3, na hipótese de o crime ser cometido contra entidade pública, instituto de economia popular ou assistência social.