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Polícia

Empresário dono de Porsche que matou motociclista na Antônio Maria Coelho pode ter CNH suspensa

Dono de bar chique em Campo Grande, Arthur Navarro fugiu após o acidente e agora a Justiça analisa pedido sobre suspensão da CNH, feito pela Polícia Civil
Lívia Bezerra -
Arthur Navarro dirigia Porsche Cayenne, quando atingiu e matou motoentregador em Campo Grande (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax, Reprodução)

O motorista da Porsche Cayenne, Arthur Torres Rodrigues Navarro, empresário do Bada Bar – estabelecimento localizado em bairro de alto padrão de Campo Grande -, que matou o Hudson de Oliveira Ferreira na noite do dia 22 de março, pode ter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa. 

A delegada Priscilla Anuda, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, que investiga o caso, enviou a solicitação da da carteira de Arthur ao Poder Judiciário. Ela também pediu que o empresário fique proibido de sair da cidade e de frequentar bares e casas noturnas. A delegada confirmou a informação ao Jornal Midiamax na tarde desta segunda-feira (15) e aguarda a decisão do magistrado.

Arthur responde em liberdade pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, pois fugiu logo após o acidente na Rua Antônio Maria Coelho. Ele se apresentou na delegacia somente duas semanas depois por ‘achar que não era grave’ e pela pequena avaria em seu Porsche, veículo avaliado em aproximadamente R$ 1,2 milhão.

O empresário foi filmado por câmeras de segurança dirigindo o carro de luxo em alta velocidade após o acidente. Porém, durante depoimento na delegacia, ele teria mentido sobre a velocidade no momento em que atropelou o motociclista.

Ele disse que não estava em alta velocidade e que não havia ingerido bebidas alcoólicas: “não imaginei que poderia ser algo grave”, contou ao final de seu depoimento.

Arthur ficou com o Porsche parado de sexta a domingo, quando levou o carro para a casa do irmão e a peça danificada para um martelinho. Para tentar justificar isso – enquanto a polícia o procurava -, o empresário alegou que seu pai e seu irmão também fazem uso do veículo e que o deixou em sua garagem no fim de semana. 

Já no início da semana, seu irmão teria utilizado o veículo e estaria providenciando um martelinho de ouro para fazer reparos nas avarias causadas pelo acidente. 

Empresário atropelou pedreiro em 2014

Arthur Torres Rodrigues Navarro responde a um processo de R$ 282 mil por atropelar um pedreiro em agosto de 2014, em Campo Grande. 

Na época, o pedreiro tinha 64 anos e conduzia uma motocicleta na Avenida Bom Pastor, quando foi atingido por um Fiat Uno – conduzido por Arthur -, no cruzamento com a Avenida Coronel Porto Carreiro. O acidente aconteceu na manhã do dia 19 de agosto.

Arthur teria desrespeitado a preferencial que era do motociclista, causando a colisão. A vítima sofreu fraturas nos membros inferior e superior, sendo socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para a Santa Casa da Capital. 

Devido às lesões, o pedreiro foi submetido a cirurgias e fisioterapias para correção, mas não houve melhora, o que ocasionou perdas funcionais de seus membros. Com isso, ele ficou impossibilitado de trabalhar.

Por este fato, a vítima entrou com ação de por danos morais, corporais, estéticos e materiais decorrentes de acidente de trânsito pedindo R$ 282.400,00.

A defesa do empresário, representada pelos advogados André Borges e Lucas Rosa, se manifestou em relação ao acidente de 2014, afirmando que o caso é antigo e a responsabilidade não está definida.

“Caso é antigo e em nada se relaciona com o acidente de trânsito atual; defesa já foi apresentada; nada ainda foi decidido pelo Judiciário; ou seja: responsabilidade pelo primeiro evento também não está definida; devemos aguardar com serenidade a conclusão do processo”.

Acidente que matou motoentregador

O acidente aconteceu na noite do dia 22 de março e Hudson morreu dois dias depois na Santa Casa da Capital.  

O empresário teria acabado de sair do bar em que é proprietário, quando se envolveu no acidente, a caminho de casa. No carro, estava ele e um funcionário. O funcionário poderá responder por omissão de socorro por não ter prestado socorro ao motoentregador

O caso está sendo investigado pela 3ª Delegacia de Polícia Civil, que também solicitou exames de perícia para apurar se o motorista estaria em alta velocidade quando atropelou o motoentregador. 

Atualmente, ele responde em liberdade por homicídio culposo na direção de veículo automotor, pois inicialmente, o caso foi registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.

Depois, foi alterado para homicídio, com a morte de Hudson. A partir daí a polícia tomou conhecimento dessa morte. Com 5 dias úteis dessa data, no dia 2 de abril, a delegada instaurou inquérito e iniciou diligências para identificar o autor do crime.

Em áudio desesperador enviado à esposa na noite do dia 22, Hudson pediu que ela fosse até o local do acidente o mais rápido possível. Ele teve a lateral direita da moto atingida pelo carro, que lhe causou fratura exposta na perna. “Vem aqui, cara. Vem ligeiro, vida. Acabou com a minha perna, acabou”, diz o motoentregador.

Logo, a esposa responde: “Estou indo aí, espera aí” e finaliza dizendo que outra pessoa também está a caminho para ajudar a socorrê-lo.

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