Diretor denunciado por importunar sexualmente alunas em MS é condenado a 5 anos de prisão

Ex-diretor também deve perder cargo público e indenizar vítimas pelos danos emocionais e psicológicos causados

Victória Bissaco – 24/08/2024 – 16:05

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Caso é investigado (Reprodução, Instagram Nova Fogo)

O ex-diretor de uma escola municipal de Nova Andradina, cidade a 297 quilômetros de Campo Grande, denunciado em 2022 por importunar sexualmente alunas, foi condenado a 5 anos de prisão. O réu deve dar início ao cumprimento da sentença em regime semiaberto.

Informações do Nova News são de que a Justiça também determinou perda do cargo público, além de multa indenizatória para cada uma das vítimas. O valor da indenização não foi revelado.

A sentença considera a violação da confiança na qual era depositada a ele devido ao seu cargo, também os danos psicológicos e emocionais que o abuso causou às vítimas.

O condenado está proibido de manter contato com as vítimas e seus familiares e não pode frequentar a escola na qual os crimes ocorreram. A mãe de uma das alunas assediadas contou ao jornal local que a sentença traz alívio às vítimas.

Relembre

Mãe de uma das vítimas, de 15 anos, procurou a delegacia e entregou prints com as mensagens enviadas pelo diretor da escola. Em vídeo publicado nas redes sociais, a mãe conta que a adolescente de 15 anos é vítima de importunação sexual pelo professor e diretor do colégio. A jovem estuda no mesmo local desde a pré-escola, contou a mulher.

Ainda conforme relato da mãe no vídeo, publicado pelo Nova Fogo, ela viu as conversas. “Achei que mandava minha filha para a escola com proteção”, disse. A mulher ainda pediu que outras mães que souberem de casos semelhantes procurem a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), onde o caso foi registrado.

Nas mensagens, o suspeito chamava a adolescente para ir até a casa dele. Ela chegou a reclamar sobre o autor ter tocado nela, no ambiente escolar. Conforme o site local, a Semec (Secretaria Municipal de Educação e Cultura) afastou o diretor das atividades.

Também foi aberto PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) contra o diretor, que já estaria sendo investigado também pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

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