O Costa Rica Esporte Clube afastou o membro da comissão técnica denunciado por racismo contra um árbitro na partida entre CREC e Operário pela nona rodada da primeira fase do Campeonato Estadual.

Em nota publicada nas redes sociais, o clube que disputa a Série A do futebol sul-mato-grossense informa que o membro da comissão foi afastado das atividades durante a investigação do caso. O CREC ainda ressalta que o médico é funcionário desde o início da atual gestão e que caso semelhante nunca aconteceu.

Além do membro da comissão do Costa Rica, um homem que seria responsável pelo Estádio Laertão também estaria envolvido no ato racista contra o quarto árbitro do jogo, Rosalino Francisco Sanca.

Conforme informações do boletim de ocorrência, o homem que se apresentou como responsável pelo Laertão adentrou na área próxima ao vestiário da arbitragem, que é restrita ao público. A vítima tentou tirá-lo de lá e foi então que o autor passou a ofender o árbitro com termos racistas. Depois, o médico também desferiu os xingamentos, dizendo, inclusive, que “esse neguinho gosta de confusão”.

Segundo episódio de racismo

Esse é o segundo caso de racismo em partidas de futebol ocorrido em menos de uma semana no Estado. O primeiro foi registrado em 29 de fevereiro, durante partida entre Náutico e Portuguesa, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande. Na ocasião, o jogador da Lusa, Vinícius Machado, foi ofendido por um PM (Policial Militar).

Conforme divulgado anteriormente pelo Jornal Midiamax, os jogadores se exaltaram após uma decisão da arbitragem em relação à falta sofrida pelo jogador David, no primeiro tempo. A PM precisou entrar em campo para conter a briga. 

No momento da discussão, o PM puxa o jogador pelo braço para retirá-lo do campo e foi questionado sobre o atleta. Depois, relatou o ocorrido ao delegado da partida. Ao voltar para o campo, o policial começou a ameaçá-lo: “Eu acho você onde você estiver aqui, vou lá no vestiário e pego você”.

O jogador questionou por que estava sendo ameaçado e o PM respondeu, sacando as algemas: “Eu te dou voz de prisão. Você está me desacatando. Eu te prendo nego”.