O último fim de semana em Mato Grosso do Sul foi marcado por oito pessoas assassinadas a tiros e facadas em cinco cidades. Uma das mortes, a polícia investiga se foi proposital ou por bala perdida. 

Na madrugada de domingo (3), o adolescente Adryan Rodrigues, de 17 anos, foi assassinado a facadas após uma briga generalizada em uma festa no bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande. 

A festa acontecia com outros menores em uma casa na região. A dona da casa disse que, quando foi chamada, o menino já estava ferido. Ela afirmou que acionou o Samu, mas ocupantes em um carro vermelho levaram a vítima até o posto de saúde Nova Bahia. 

O suspeito ainda não foi localizado.

Ainda pela madrugada, uma mulher foi presa por matar a facadas o ex-namorado Bruno Silva, de 26 anos, em um bar de Iguatemi, município distante 415 quilômetros de Campo Grande.

À polícia, a mulher contou que era constantemente agredida pela vítima, que havia deixado a prisão há 4 dias e a ameaçava, assim como a suas filhas. 

O atual namorado da suspeita entrou em luta corporal com Silva. Para proteger o atual namorado, a mulher desferiu uma garrafada na cabeça de Bruno. Em seguida, com um canivete, desferiu vários golpes contra o ex.

Em Bela Vista, na manhã de domingo (3), David Gonçalves Barbosa, de 49 anos, foi encontrado morto a tiros na varanda da casa em que morava. Moradores ouviram tiros na madrugada, mas a cunhada da vítima foi quem a encontrou caída. Ao lado do corpo foi localizada uma foice.

David morava sozinho. Não há informações sobre os suspeitos. 

Ainda no domingo, Jorge Pereira Alves foi morto a tiro pelo próprio filho, adolescente, em uma propriedade rural em Nova Andradina. A suspeita é que o tiro tenha sido acidental. 

Pai, filho e um amigo resolveram pescar após o almoço. Em seguida, decidiram caçar capivaras. O adolescente teria visto uma capivara saindo da água e fez um disparo de carabina de pressão adaptada, sem perceber que o pai estava no lado oposto. Jorge foi atingido e encontrado sangrando muito. 

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas morreu. Jorge trabalhava na fazenda há mais de cinco anos e o filho trabalhava em outra propriedade rural no município de Santa Rita do Rio Pardo. A arma estava com ele há 3 meses.

No fim da tarde de domingo, uma pessoa que passava de boia pelo Rio Aporé, em Cassilândia, avistou o corpo de um homem seminu, com os pés amarrados e sem cabeça no rio. A polícia foi acionada, mas até o momento a vítima não foi identificada. Como o rio faz divisa com o Estado de Goiás, a polícia do estado vizinho também foi avisada.

(Alicce Rodrigues, Midiamax)

Na noite de domingo, em Campo Grande, Wanderson Matheus Vieira de Araújo e Luana Azevedo Silva foram assassinados a tiros no bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. Wanderson, que já havia sofrido uma tentativa de homicídio no ano passado, foi executado com 17 tiros, sendo 15 na cabeça. 

Luana, ao escutar os tiros, saiu para chamar o filho adolescente que estava na praça e foi atingida na cabeça. A polícia investiga se a mulher morreu por bala perdida ou se o disparo foi proposital. Vizinhos acreditam que uma ‘queima de arquivo’ para não reconhecer os atiradores.

No sábado (2), o corpo de um homem foi encontrado às margens do Rio Pardo, em Ribas do Rio Pardo. Um pescador que passava pela região avistou o cadáver e acionou o socorro. O corpo estava em avançado estado de decomposição, apenas de cueca. O caso foi registrado como morte a esclarecer.