A defesa de Stephanie de Jesus da Silva entrou com pedido para que o julgamento da mãe de Sophia OCampo, morta aos 2 anos, seja separado de Christian Campoçano Leitheim, padrasto da menina, acusado da morte de Sophia.

No pedido, a defesa alegou que “Ademais, ao menos em relação a pronunciada, a demora está causando prejuízos, vez que, o recurso foi distribuído em 2ª Instância em 04/04/2024, sendo que a última análise da revisão da sua prisão ocorreu em 06.04.2024 – fls. 2784/2787. Resta visível, portanto, que a separação do feito é medida que se impera no caso em testilha”.

“Pelo exposto, requer a DESISTÊNCIA do Recurso em Sentido Estrito interposto pela pronunciada STEPHANIE DE JESUS DA SILVA e, consequentemente que seja determinado que a Secretaria do TJ/MS realize a SEPARAÇÃO/DESMEMBRAMENTO do mesmo, remetendo os autos em relação à acusada ao Juízo de Origem, para o regular prosseguimento do feito”, pediu a defesa.

O julgamento foi remarcado depois das defesas dos réus entrarem com recurso. O júri estava marcado para março e seria realizado em três dias. Christian foi pronunciado por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, contra menor de 14 anos e por estupro de vulnerável. Já a mãe, por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e por omissão.

Assassinato de Sophia

A menina, que já havia passado por diversas internações, morreu em janeiro de 2023. As investigações mostraram que Sophia foi levada pela mãe a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), já sem vida. A mulher chegou ao local sozinha e informou o marido sobre o óbito. Sophia também foi estuprada.

As investigações mostraram que Sophia foi levada pela mãe a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), já sem vida. A mulher chegou ao local sozinha e informou o marido sobre o óbito.

Uma testemunha afirma que depois de receber a informação sobre a morte de Sophia, o padrasto teria dito a frase: “minha culpa”.

Uma das contradições apontadas na investigação é o fato da mãe ter afirmado que antes de levar a filha para atendimento médico, a menina teria tomado iogurte e ido ao banheiro.

A versão é contestada pelo médico legista que garantiu que com o trauma apresentado nos exames, a criança não teria condições de ir ao banheiro ou se alimentar sozinha. A autópsia também apontou que Sophia pode ter agonizado por até seis horas antes de morrer. O padrasto e a mãe da menina são acusados do crime e estão presos.