Sérgio Guenka, acusado do feminicídio de Cristiane Eufrásio Millan, de 42 anos, com mais de 30 facadas, morreu no Hospital Regional de Campo Grande, no dia 5 deste mês, depois de passar mal no Presídio de Segurança Máxima. 

A irmã de Sérgio disse na delegacia que no dia 6 deste mês, recebeu uma ligação da Agepen, informando que Sérgio havia falecido no Hospital Regional. Foi dito para ela que o irmão havia passado mal, no dia anterior, sendo encaminhado para o hospital, onde deu entrada às 15h30.

Ele se queixava de dores no abdômen, e já vinha sentindo dores há meses. No hospital, sofreu uma parada cardiorrespiratória e foram feitas manobras de reanimação. Porém, em seguida, a vítima sofreu uma nova parada cardiorrespiratória, sendo feitas as manobras de reanimação, porém, sem sucesso.

Cristiane foi assassinada com mais de 30 facadas e o corpo encontrado em forma de cruz.

Assim como ‘Maníaco da Cruz’, Sérgio alegou ‘impureza’ da vítima para matá-la a facadas

Alegando ‘impureza’ da vítima, é essa a tentativa do assassino de justificar a motivação para o homicídio da depiladora Cristiane Eufrásio Millan, de 42 anos. Frio, Sérgio Guenka, autor das 36 facadas contra a mulher, ria durante depoimento quando contava como tudo aconteceu à polícia.

O corpo da mulher estava no chão, com os braços abertos e pés cruzados, em formato de cruz, e segundo ele, a posição foi proposital. “Ele queria chamar atenção e ficar famoso pelo crime. Embora pareça, ele não queria imitar o Maníaco da Cruz”, disse a delegada titular da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), Elaine Benicasa. O autor não tem nenhuma outra passagem pela polícia.

Mesmo que não quisesse imitar os crimes de Dyonathan Celestrino, o caso chamou atenção pela similaridade, tanto na forma e motivação que o crime foi cometido.

O assassino confessou que premeditou o crime e que atraiu Cristiane para manter relações sexuais. À polícia, o homem disse que no dia do crime contratou programa de Cris já com o intuito de matá-la, porque a profissão dela a tornava ‘impura’ e ‘indigna de viver’. 

A afirmação anterior de que ela teria o chamado de feio não é verdade. Embora não tenha mencionado religião, o crime teria sido cometido diante de questão religiosa, visto que na casa, foram encontradas várias bíblias e crucifixos, além do fato de ele alegar que ela era ‘impura’.

No dia do crime, segundo ele, os dois tiveram relação e logo após ele pegou uma faca e a golpeou, 36 vezes, sendo no pescoço e a maioria no abdome.

Vizinhos afirmam comportamento estranho do acusado

Ninguém na região ouviu gritos de socorro. Um vizinho chegou a falar que viu quando Cristiane chegou na casa e após ela entrar ouviu barulho de música alta e por conta disso não conseguia ouvir o que acontecia lá dentro.

Ainda, disse que o homem apresentava comportamentos estranhos, horas de lucidez e horas de surto, porém, segundo a delegada, apesar do relato de surtos e tratamentos psicológicos, até o momento nenhum laudo foi apresentado na delegacia, nem medicamento na casa foi encontrado.

Cristiane tem três filhos maiores de idade e um de 7 anos. O menor e um dos três morava com ela e a irmã, os outros dois moram fora do Estado.