Thiago Giovanno Demarco Sena, um dos acusados da morte do adolescente Wesner Moreira, de 17 anos, em fevereiro de 2017, ainda continua foragido. Willian Enrique Larrea, de 36 anos, foi preso no dia 27 de fevereiro. Os dois foram condenados a 12 anos de prisão pela morte de Wesner.

Segundo o advogado de defesa de Thiago, ele ainda não se decidiu se vai ou não se entregar, falou Wesley Roriz. Sobre detalhes da conversa com o cliente, o advogado disse que não iria se pronunciar. 

Willian foi preso na noite do dia 27 de fevereiro, sendo levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol e depois encaminhado para o sistema carcerário. No dia 20 de fevereiro, a defesa de Willian havia afirmado que ele iria se apresentar, sem dar detalhes do dia que seria feita a apresentação.

Willian e Thiago Giovanno Demarco Sena, de 26 anos – segundo acusado pela morte de Wesner – foram condenados a 12 anos de prisão no julgamento realizado em 30 de março de 2023. As defesas recorreram da decisão e os dois respondiam em liberdade.

Morte de Wesner

O crime aconteceu no dia 3 de fevereiro de 2017. Na noite do dia 2, Wesner afirmou para a mãe que pegaria carona com Thiago, um dos acusados pelo crime. “Ele falou, mãe me acorda bem cedo que o Thiago vai vir me buscar para ir ao serviço”.

“No outro dia, quando o Thiago estava batendo na porta, senti até uma coisa ruim, mas meu filho foi”, conta Marisilva. Segundo a peça acusatória, na data de 3 de fevereiro de 2017, por volta das 10 horas, no lava-jato, localizado na Avenida Interlagos, na Vila Morumbi, a dupla introduziu uma mangueira de ar no ânus de Wesner, causando-lhe ferimentos e em seguida sua morte.

Wesner teria pedido para Willian que comprasse um refrigerante e o mesmo questionou: “De novo? Agora toda hora Coca-Cola!”, e passou a bater na vítima com um pano utilizado para limpar carros, em tom de brincadeira.

Ainda conforme o processo, Wesner pediu para que ele parasse, mas não foi atendido. Em certo momento se afastou, mas foi imobilizado por Willian que o levou até Thiago, que por sua vez, com a mangueira de compressor de ar, retirou a bermuda e cueca da vítima e introduziu o equipamento em Wesner.

Imediatamente, o adolescente começou a passar mal e vomitou, sendo levado ao Centro Regional de Saúde do bairro Tiradentes e, posteriormente, ao Hospital Santa Casa, onde permaneceu internado até dia 14, quando morreu. O laudo apontou que o óbito foi causado por ruptura do esôfago e choque hipovolêmico por hemorragia torácica aguda maciça.

Quando a mãe ficou sabendo, o filho já estava no hospital. “Estava muito inchado, irreconhecível”, relata. “Fiquei esperando ele melhorar, quando um dia me contou o que aconteceu. Falou que eles sempre faziam esse tipo de brincadeira com ele e, na última vez, um deles laçou ele com pano molhado e o outro colocou a mangueira”, lembra a mãe.