Acusado de assassinar ‘colega’ em bar responderá em liberdade com serviços comunitários

Ambos estariam ingerindo bebidas alcoólicas e drogas no dia do crime

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Local do crime (Reprodução Processo)

Ezequiel da Silva de Souza, de 21 anos, acusado de matar a facadas Marcival Siriano, de 49 anos, durante uma discussão em um bar no bairro Marcos Roberto, foi condenado a um ano de prisão nesta quinta-feira (21). O crime aconteceu há seis meses, no dia 9 de maio.

Durante o júri popular na manhã desta terça-feira, Ezequiel contou que se conheceram na região da rodoviária antiga, no centro de Campo Grande, três dias antes do crime. A partir de então, passaram a usar drogas e ingerir bebidas alcoólicas.

Depois resolveram sair para buscar mais entorpecentes, até chegarem ao local do crime. Por lá, começaram a discutir, quando a vítima teria sacado uma faca e o esfaqueado na mão.

(Mirian Machado, Midiamax)

O autor, então, para se defender, jogou uma pedra em Marcival e logo foi para cima dele. No interrogatório, contou que o esfaqueou com a faca ainda nas mãos da vítima.

Ezequiel foi condenado a um ano de prisão, contudo responderá em regime aberto. “Fica a pena definitiva fixada em um ano de detenção, em relação ao crime de homicídio culposo contra o ofendido Marcival Siriano”.

Além disso, Ezequiel terá que prestar serviços comunitários. “Nos termos do art. 44,$ 2º, do CP, pelo que aplico ao acusado a medida de prestação de serviços comunitários, na forma determinada pelo Juízo”, diz.

Família nega

Familiares de Marcival estiveram presentes no julgamento. A mãe de Marcival, Eurides Siriano, negou a versão apresentada pelo autor.

Ela afirma que o filho morava com ela na fazenda próximo ao assentamento de Sidrolândia e que ele havia chegado a Campo Grande na noite do crime.

“Ele está mentindo. Meu filho chegou aqui no dia, não estava aqui antes como ele disse, que passou três dias com ele. Eu posso provar”, disse explicando que um vizinho foi quem deu R$ 30 reais à vítima para ela vir para Campo Grande.

“Ele saiu da fazenda às 20h de terça-feira e veio pra cá para pegar o ônibus pra voltar para Sidrolândia”, disse.

O crime aconteceu a 10 quadras da casa do irmão da vítima, onde a mãe estava na época.

Ela explicou que o filho era usuário de drogas. Segundo a mãe, ele ficou sem usar entorpecentes por 6 anos, porém cerca de 1 ano antes do crime havia voltado a usar. Explicou ainda que ele tomava remédios controlados para epilepsia e que estava tentando se aposentar por um problema no pulmão.

Ela lembrou que morava só ela e o filho e que ele era muito tranquilo. “Sempre ajudava todo mundo. Nunca houve nenhuma reclamação dele, ou história de envolvimento em brigas. Ele não tinha faca, nunca andou armado”, explicou.

“Espero que ele seja condenado. Não vai trazer meu filho de volta, mas quero que ele seja condenado. Está mentindo que estava todos esses dias com meu filho”, lamentou.

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