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Polícia

1 ano depois, vítimas de acidente que matou fisioterapeuta no Tijuca ainda lutam por indenização e pensão

Motorista de S-10 avançou a preferencial e atingiu a moto de Nestor Almeida, além de um casal de motociclistas
Victória Bissaco -
Local onde ocorreu o acidente - (Fala Povo)

Uma busca que ainda não teve fim, um sentimento diário de reviver a dor. Com essa situação convive o casal de motociclistas atropelado por uma caminhonete S-10 e a família de Nestor Almeida Santos, de 29 anos, morto após também ser atingido pelo veículo.

O acidente ocorreu há cerca de 1 ano no cruzamento das ruas Dinamarca e Souto Maior, bairro Tijuca, em , e as vítimas pediram pelos danos causados, contudo, o motorista, de 32 anos, não manifesta acordo.

No dia 29 de outubro de 2023, o motorista da S-10 invadiu a preferencial e atropelou Nestor, que seguia sozinho na motocicleta. Ainda, atingiu o casal de motociclistas.

Nestor chegou a ser atendido por equipe médica, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A vítima era fisioterapeuta, natural de , mas morava em Campo Grande com o tio, na Vila Popular. Ele deixou um filho, de 4 anos, que tem autismo.

Fisioterapeuta vítima de acidente de trânsito no Tijuca (reprodução)

O caso foi levado à Justiça, pois Nestor era provedor do filho. A família pede uma indenização de 1 salário mínimo, calculado conforme a probabilidade de deferimento pelo juiz e a possibilidade de pagamento pelo condutor.

A advogada Lauren Gomes Silvestre, que representa a família de Nestor, explicou ao Jornal Midiamax que a indenização será destinada integralmente para a criança. “O acidente impactou muito, pois a vítima era o provedor do filho, que além das necessidades básicas, precisa de atenção especial como terapias e plano de saúde”.

O casal de motociclistas entrou judicialmente com uma ação de danos morais tanto contra o motorista quanto contra a locadora do veículo. A petição explica que o acidente trouxe danos físicos às vítimas, que convivem diariamente com lesões e dores, e financeiros, pois a seguradora da empresa se recusou a cobrir as despesas médicas e o reparo do veículo.

A advogada do casal, Elisângela Ventura da Cruz explicou que a passageira da motocicleta teve uma lesão na mandíbula. “Depois do acidente, o pânico e o medo de transitarem no veículo ainda não cessou. Além disso, tem também a questão financeira, e os dois agora dependem de transporte público. Ela também teve uma perda dentária que nunca mais vai se reestabelecer”, explica.

Nem citado foi

A advogada da família de Nestor explicou que os réus – o motorista e a locadora proprietária do veículo – foram condenados solidariamente ao pagamento da pensão ao filho do fisioterapeuta. Contudo, apenas a locadora cumpre o acordo. “O condutor não está pagando as pensões, apenas a proprietária do veículo, que é uma empresa. Até o momento as tentativas de acordo foram através da empresa dona do veículo, o condutor não manifestou nenhum interesse em resolução”, explica.

O motorista chegou a comparecer em uma audiência de conciliação realizada em maio deste ano, mas “não foi possível a composição de acordo entre as partes, retornando os autos ao trâmite normal”, diz o termo anexado ao processo.

Audiências de conciliação entre as partes foram realizadas para os dois motociclistas, contudo, apenas um representante da locadora do veículo esteve presente, enquanto o motorista não compareceu. “Ele não conseguiu nem ser citado dentro do processo, não foi encontrado em vários endereços”, explica.

A reportagem tentou contato com o do motorista da S-10, que se limitou a dizer: “Boa tarde. No momento não comentaremos sobre o caso. Obrigado”.

Preso ou solto?

O motorista da S-10 chegou a ser preso em flagrante após matar Nestor e lesionar o casal de motociclistas, mas foi solto no dia 31 de outubro do mesmo ano durante audiência de custódia. Ele foi liberado mediante uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias, comparecer no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e ainda realizar um curso de reciclagem no Detran voltado a condutores flagrados sob efeito de álcool.

O processo de homicídio culposo pelo qual responde segue em sigilo. Conforme apurado pelo Midiamax, as investigações tinham sido encerradas em dezembro de 2023, mas foram retomadas pela 6ª Delegacia de Polícia após o Ministério Público pedir mais diligências.

Na época do crime, o delegado Rodrigo Camapum explicou que o motorista fez o teste do bafômetro e deu positivo para embriaguez. Em depoimento, ele contou que bebeu, apenas, uma lata de cerveja no início da tarde de domingo e que estava na casa de amigos, quando saiu para buscar outras pessoas para irem até a residência.

Relembre o acidente

Nestor, que pilotava a motocicleta, de cor vermelha, ao cruzar a Rua Dinamarca, acabou sendo atingido pelo motorista da caminhonete S10, que também atingiu a outra motocicleta no cruzamento com a Rua Souto Maior.

Com a batida, a caminhonete passou por cima da vítima que morreu no local. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado. Três homens estavam na caminhonete. Segundo apurado, eles não seriam do Estado e estariam em a trabalho. Inclusive a caminhonete em questão seria alugada.

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