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Polícia

Residente em medicina que se envolveu em novo acidente ‘usa carro como arma’, diz defesa de Carolina

Advogado da família de Carolina questiona ainda se o acidente será visto como culposo 'pela terceira vez'
Mirian Machado -
João-Pedro-médico
João Pedro durante audiência sobre a morte de Carolina (Arquivo, Midiamax)

“Ninguém é imprudente por três vezes”, afirmou nesta tarde ao Jornal Midiamax o advogado da família da advogada Carolina Albuquerque Machado, morta no trânsito por João Pedro da Silva Miranda Jorge em 2017. O autor se envolveu em outro acidente na mesma região na madrugada desta quinta-feira (8).

O residente em medicina no Hospital Cassems conduzia uma caminhonete Amarok quando, no cruzamento da Rua Paulo Machado com a Avenida Rubens Gil de Camilo, colidiu com um veículo Corolla. A motorista foi socorrida para a Santa Casa com suspeita de fratura no quadril.

Tiago Bunning, advogado da família de Carolina defendeu na época que o caso foi homicídio culposo pedindo que ele fosse a júri popular. “É culposo sempre? Isso só prova pra mim que quando ele dirige assume o risco de matar. Ninguém é imprudente três vezes. Nem foram só três, ele tem outras multas de trânsito. A caminhonete envolvida no acidente com a Carolina havia sido alterada para que tivesse mais velocidade, ou seja, ele usa o carro como arma”, explicou.

Bunning ainda lembrou que este é o terceiro caso envolvendo João Pedro, álcool e direção. “No primeiro, em janeiro de 2017 o pai dele assumiu e responde por isso”. João Pedro teve a CNH suspensa por um tempo após o acidente com morte.

“Esse rapaz solto e dirigindo é uma ‘bomba relógio’ para a sociedade campo-grandense. Este já é o terceiro acidente com vítima que ele é o causador. Além disso ele tem um histórico gigantesco de multas por excesso de velocidade. É impossível juridicamente justificar suas condutas alegando descuido ou imprudência, como se fossem ações culposas. Ele utiliza o veículo como arma e não se importa com as consequências, agindo com dolo eventual, assumindo o risco de matar, pois sabe as consequências do que faz, afinal já tirou a vida de uma jovem”, complementou o advogado, posteriormente, por meio de nota.

Ao ser preso mais uma vez nesta madrugada o alegou que a motorista do carro ‘furou o semáforo vermelho’. Ele apresentava sonolência, olhos vermelhos, roupas em desalinho e odor etílico, segundo os policiais que atenderam o acidente. Se recusou a fazer o teste do bafômetro, estava com a CNH vencida e teve a caminhonete recolhida ao Detran.

Reincidente

João foi condenado a dois anos pela morte de Carolina. Na época, dia 2 de novembro de 2017, a vítima voltava para a casa de madrugada com o filho pequeno, quando foi atingida pela caminhonete do por João na Avenida Afonso Pena, que trafegava a 115 Km/h. A advogada não resistiu ao impacto e morreu no local, porém, o filho dela escapou sem ferimentos graves.

acidente aconteceu no cruzamento da Avenida Afonso Pena e a Rua Paulo Coelho Machado. João dirigia uma caminhonete Frontier, também sob influência de álcool. Após o acidente, o autor fugiu do local.

Em janeiro de 2017, João também se envolveu em acidente de trânsito bêbado. O acidente aconteceu na rotatória da Avenida Tamandaré com a Euler de Azevedo.

João conduzia a caminhonete Frontier quando atingiu um veículo Fiat Uno onde estava mãe e filho, que ficaram feridos e foram socorridos para Santa Casa. O autor também fugiu do local do acidente.

* Alterado às 13h40 para acréscimo de informação

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