TJMS julga recurso neste mês e João Pedro pode ser condenado por dirigir bêbado em 2017

Ele foi absolvido do crime após o acidente que matou advogada na Avenida Afonso Pena

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João-Pedro-médico
João Pedro durante audiência sobre a morte de Carolina (Arquivo, Midiamax)

O médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, condenado a 2 anos, 7 meses e 15 dias em regime semiaberto pela morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, em 2017, pode ainda ser condenado por dirigir bêbado. Na época ele foi absolvido, mas a acusação recorreu.

Por causa do procedimento, que tramita na 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a condenação do médico ainda não transitou em julgado. Isso, porque o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) requer a condenação pelo crime de trânsito.

Assim, a acusação pede que João Pedro responda por conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora em razão da influência de álcool. Ainda que, na sentença condenatória, seja fixado valor de reparação dos danos causados à vítima.

Já a defesa segue pedindo a absolvição do réu pelos crimes do CTB (Código de Trânsito Brasileiro). O desembargador José Ale Ahmad Netto é relator no processo e o relatório foi publicado em 22 de maio.

Depois, foi pautado julgamento para o dia 27 de junho. Inicialmente, o julgamento não seria virtual, mas como João Pedro está preso preventivamente, não há detalhes sobre como ocorrerá a audiência.

Foram três acidentes provocados por João Pedro de Miranda, de 29 anos, por dirigir embriagado em Campo Grande, sendo que em um deles a advogada Carolina Albuquerque morreu ao ter o carro atingido pela caminhonete do agora médico, na Avenida Afonso Pena, em novembro de 2017. O pai de João Pedro mentiu em um dos casos para livrar o filho.

Mais uma vítima de João Pedro de Miranda

O acidente aconteceu depois da meia-noite de sexta-feira (9) e, quando preso, João apresentava sinais de embriaguez. Ele disse aos policiais que a motorista teria furado o sinal vermelho e que ficou no local do acidente prestando socorro sem fugir. João ainda relatou que faz residência médica no Hospital da Cassems.

Durante a prisão, João Pedro confessou que havia ingerido bebidas alcoólicas. Ele apresentava sonolência, olhos vermelhos, roupas em desalinho e odor etílico, segundo os policiais que atenderam ao acidente.

A motorista foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada para a Santa Casa, com fratura no quadril. A vítima dirigia um Toyota Corolla e seguia pela Avenida Rubens Gil de Camilo, sentido leste-oeste, quando no cruzamento com a Rua Paulo Machado foi atingida pela caminhonete Amarok, conduzida por João.

Com a batida, o carro da vítima ficou com a lateral do motorista destruída. O local fica a poucos metros de onde aconteceu o acidente com morte em 2017, também provocado por ele.

João Pedro estava com a CNH (Carteira Nacional Habilitação) e foi levado para a delegacia, preso em flagrante pelo crime.

Reincidente

João foi condenado a dois anos pela morte de Carolina. No dia 2 de novembro de 2017, a vítima voltava para a casa de madrugada com o filho pequeno, quando foi atingida pela caminhonete dirigida João.

O acidente aconteceu na Avenida Afonso Pena e, conforme dados da polícia, João trafegava a 115 km/h. A advogada não resistiu ao impacto e morreu no local, porém, o filho dela escapou sem ferimentos graves.

O acidente aconteceu no cruzamento da Avenida Afonso Pena e a Rua Paulo Coelho Machado. João dirigia uma caminhonete Frontier, também sob influência de álcool. Após o acidente, o autor fugiu do local.

Em janeiro de 2017, João também se envolveu em acidente de trânsito bêbado. O acidente aconteceu na rotatória da Avenida Tamandaré com a Euler de Azevedo.

João conduzia a caminhonete Frontier quando atingiu um veículo Fiat Uno onde estava mãe e filho, que ficaram feridos e foram socorridos para Santa Casa. O autor também fugiu do local do acidente naquela ocasião.

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