Foi marcada para o dia 3 de julho a primeira audiência de instrução e julgamento da morte de Antônio Caetano de Carvalho, ocorrida em fevereiro deste ano dentro do Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul). Ao todo seis testemunhas foram intimadas para prestarem depoimento.

A audiência já havia sido marcada para o dia 9 de maio, mas foi adiada a pedido da defesa do policial militar reformado José Roberto de Souza. O advogado alegou que tinha viagem agendada anteriormente para a Espanha em razão de sua pesquisa de mestrado.

A defesa também havia pedido revogação da prisão, alegando que o PM reformado “possui profissão definida, domicílio certo, se apresentou de forma voluntária e vem passando por sérios problemas no cárcere, porque possui diagnóstico de problemas psiquiátricos oriundo de anos de prestação de serviço policial”.

O juiz Aluizio Pereira dos Santos considerou que, logo após o crime, José Roberto fugiu do local e só foi encontrado ao se apresentar na delegacia e indeferiu o pedido, em março deste ano.

Assassinado por R$ 630

Antônio Caetano de Carvalho foi morto durante audiência de conciliação com o policial militar reformado José Roberto de Souza. O motivo do assassinato foi uma cobrança de R$ 630 da troca de óleo que havia ficado pendente após o serviço na caminhonete de José Roberto ter sido refeito, já que o motor tinha dado problemas. No momento da cobrança, o policial se levantou da cadeira e perguntou “Como você quer que eu pague?”, e deu os tiros no empresário, que morreu no local.

Era a segunda audiência de conciliação, sendo que a primeira tinha ocorrido no dia 10 de fevereiro. Na primeira audiência, os ânimos se acirraram, assim como na segunda, mas tudo parecia controlado até o crime ser cometido. 

Uma funcionária, de 45 anos, relatou o momento de desespero. Segundo ela, na hora, havia muitos clientes e servidores no local. “Foi tudo muito rápido. Escutei uns três ou quatro disparos. Começamos a entrar debaixo das mesas. Foi desesperador. O nosso medo era de ele sair atirando em todo mundo”, relatou. Ainda segundo ela, apesar da sala ser aos fundos de onde ocorreu o crime, não viu a hora que o atirador saiu e passou por ela.