Testemunha relata medo após confusão e esfaqueamento em bairro de Campo Grande

Crime aconteceu na noite de quarta-feira em frente a uma oficina mecânica

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Rua onde crime aconteceu. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Uma testemunha, que presenciou o crime ocorrido na noite de quarta-feira (3), quando um homem, de 40 anos, foi esfaqueado após uma discussão por conta de farol alto, relatou o medo de morar na Vila Neusa, já que a região tem ficado perigosa.

O homem contou que conhece a vítima e que ela é uma pessoa boa, porém a discussão e crime poderiam ter sido evitados. “Ele podia ter abaixado o farol, ou ido embora e voltado depois, mas quis discutir e ainda pegou um facão”, lamentou.

Segundo o morador, a região tem ficado perigosa. “Já é o 3º ou 4º esfaqueamento aqui. Nessa rua mesmo, uma mulher foi morta a facadas. Se continuar assim vou ter que me mudar”, reclamou, alegando ainda que o filho também mora ali próximo.

“As pessoas brigam e se matam por pouca ou qualquer coisa hoje em dia”, disse.

O crime que a testemunha lembrou foi o feminicídio de Elenice Pinto Martins, de 48 anos, no dia 13 de maio do ano passado. A mulher foi morta pelo marido, de 50 anos. O enteado dela, de 11 anos, estava na casa.

Briga por farol

A briga aconteceu em uma oficina mecânica. Dois clientes da oficina, que são irmãos, e um deles não tem uma perna, estavam no local quando a vítima chegou com seu carro Gol, de cor prata, por volta das 20 horas, levando uma peça para colocar em quadrículo. O veículo da vítima tinha faróis de xenon que estavam altos, e os dois irmãos pediram para que ele abaixasse a luz.

Mas, a vítima teria sido grosseira com os irmãos dizendo que seria rápido o que iria tratar com o mecânico, sendo que neste momento um dos irmãos determinou que o homem desligasse os faróis e assim começou a briga.

A vítima, então, teria dito: “você sabe com quem está falando?” Em seguida, um dos irmãos puxou uma faca e correu em direção ao homem e o esfaqueou no abdômen. A vítima ainda foi até seu carro e pegou um facão, mas foi perseguida pelos irmãos. 

O dono da oficina relatou que implorou para os autores não matarem a vítima, que conseguiu fugir em seu carro mesmo ferido, chegando até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, mas foi transferido para a Santa Casa em vaga zero devido ao seu estado gravíssimo. 

Um dos autores foi encontrado e levado para a delegacia. Ele contou que o irmão, autor da facada, tentou defendê-lo depois de um tapa no rosto que levou da vítima. O autor está foragido. 

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