A Polícia Civil de Campo Grande divulgou a foto de duas mulheres integrantes da quadrilha que sequestrou uma mãe e seus dois filhos no dia 21 deste mês. As crianças foram encontradas na manhã seguinte e o pai, que arquitetou o crime, foi preso.
As duas foragidas são Luana Rauani Silva da Mata e Ana Paula Caller. O restante da quadrilha foi preso entre a noite do sequestro e a manhã seguinte. O pai das crianças envolvido no crime, que tem como motivo a disputa de guarda dos filhos, foi preso. Ele tem passagens por homicídio por ter assassinado a ex-sogra.
O sequestro
No dia do crime, a delegada Rafaela Lobato, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), disse que três crianças foram alvos do sequestro, mas uma menina de aproximadamente 10 anos conseguiu fugir.
Conforme a polícia, a mãe chegava com os três filhos em casa, a pé, quando foi abordada por pessoas em um carro Corsa Classic. A filha de 10 anos conseguiu fugir, mas a mãe e os outros dois filhos foram levados.
A mãe foi agredida e abandonada no Bairro Nova Campo Grande. A polícia investiga se outros parentes estariam coniventes com a situação. Um dos dois adolescentes apreendidos por envolvimento no crime, de 14 anos, é irmão das crianças e, segundo a delegada, participou do sequestro porque queria que todos os irmãos ficassem com o pai.
Adolescentes apreendidos
O adolescente, de 15 anos, envolvido no sequestro foi encaminhado para a Unei (Unidade Educacional de Internação) Novo Caminho em Campo Grande. A transferência do infrator ocorreu ainda na noite de ontem por volta das 19h20. Ele é acusado de participar junto a outro adolescente, de 14 anos, e de pelo menos 4 adultos, do sequestro de duas crianças, de 5 e 8 anos, no Bairro Zé Pereira, em Campo Grande. O sequestro foi orquestrado pelo pai e irmão das crianças.
Em depoimento, ele confessou que o sequestro foi planejado e disse ter sido contratado pelo autor, pai das crianças. Ainda explicou que conhecia o pai das crianças porque ele morava nos fundos da residência do homem, no Bairro Nova Campo Grande, para onde o autor se mudou após a separação da ex-esposa. Segundo o adolescente, “algumas pessoas que estavam na residência falavam que eram faccionadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital)”, mas ele negou que tentava entrar na facção. O menor tem apenas passagem por furto.
