A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (17) a Operação “Deep Leak”, em Campo Grande, contra o combate do vazamento de dados sigilosos do sistema policial. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em residências e empresas de suspeitos envolvidos nessa prática. A ação é da 3ª Delegacia de Polícia da Capital.

Segundo informações divulgadas pela polícia, foi constatado que uma empresa jornalística tinha acesso aos registros e informações do sistema policial, expondo dados confidenciais de investigações, e também comprometendo a privacidade de vítimas de crimes graves.

A investigação foi em conjunto com o Departamento de Inteligência Policial, conseguindo identificar os suspeitos. Foi descoberto que múltiplos terminais estavam sendo acessados por meio da senha de uma servidora da segurança pública, suspeita de conceder acesso ao sistema a terceiros.

Os mandados de busca e apreensão foram executados em cinco endereços, incluindo o da empresa de publicidade envolvida. Foram 25 policiais, distribuídos entre equipes da 3ª Delegacia, 5ª Delegacia, 6ª Delegacia e o GOI (Grupo de Operações e Investigações), além de uma equipe da Corregedoria da Polícia Militar.

A escolha do nome “Deep Leak” para a operação faz referência ao vazamento profundo de informações originárias de um servidor integrante do próprio sistema. A Polícia Civil reafirma seu compromisso em combater essas ações que comprometem a segurança das investigações e a privacidade das vítimas.

Por que o Jornal Midiamax não divulga nomes de suspeitos ou autores quando vítimas podem ser expostas?

De acordo com a Polícia Civil, a operação foi motivada por divulgação de dados sigilosos de envolvidos em crimes graves.

Seguindo o que determina o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), no caso de crimes envolvendo menores de idade, e protocolos estabelecidos por instrumentos legais como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), o Jornal Midiamax não divulga nomes de suspeitos ou autores de crimes quando vítimas podem ser expostas.

Em casos de crimes sexuais, quando as vítimas podem ser identificadas por possuir algum parentesco ou relação anterior com os autores, os nomes dos criminosos não são divulgados pela reportagem nem após a condenação, para evitar a exposição de vítimas.

Em outros casos, a reportagem só divulga nomes de criminosos quando estes se tornam réus, ou seja, após a finalização da investigação policial, que remete o caso ao Judiciário e este aceita a denúncia.