Quatro anos após o assassinato de Matheus Coutinho, morto com tiros de fuzil em frente de sua casa quando manobrava o carro de seu pai, os acusados do crime vão a julgamento, nesta segunda-feira (17), e o sentimento de Paulo Xaviie é só um: “vivo um pesadelo”.

O pai de Matheus falou ao Jornal Midiamax que espera pela condenação dos acusados. “Que sejam condenados para que outros inocentes não sejam brutalmente assassinados neste Estado”, falou Paulo que vai participar do julgamento de Filho, Vladenilson Olmedo e .

Paulo diz ter certeza da condenação dos acusados. “Irão responder aqui na terra pelo crime que cometeram e principalmente junto a Deus, pois o que fizeram com meu amado filho foi coisa de animais”, disse Xavier.

O julgamento da morte de Matheus foi adiado por três vezes e a defesa de Name tentou um último recurso para adiar mais uma vez alegando que um dos promotores, Gerson Eduardo de Araújo, teria ‘inimizade' com a família Name, mas o pedido de suspeição foi negado pelo juiz Aluízio Pereira. 

Um megaesquema de segurança foi armado para o julgamento considerado da década. Serão quatro dias de júri com 16 testemunhas a serem ouvidas. Os sete jurados escolhidos em sorteio para compor o julgamento ficarão em um hotel reservado pelo Tribunal do Júri.

Execução de Matheus

O crime aconteceu na Rua Antônio Vendas, no Jardim Bela Vista, no dia 9 de abril de 2019. O relato é de que o crime teria ocorrido mediante orientações repassadas por Vlade e Marcelo Rios, a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho.

Naquela noite, vários tiros de fuzil AK-47 foram feitos contra Matheus. No entanto, os criminosos acreditavam que dentro da caminhonete estava o pai do jovem, que seria o verdadeiro alvo dos acusados.

Também segundo as investigações, o grupo integrava organização criminosa, com tarefas divididas em núcleos. Então, para o MPMS, Jamil e Jamil Filho constituíam o núcleo de liderança, enquanto Vlade e Marcelo Rios eram homens de confiança, ‘gerentes' do grupo.

Já Zezinho e Juanil seriam executores, responsáveis pela execução de pessoas a mando das lideranças. Assim, meses depois, os acusados acabaram detidos na Operação Omertà, realizada pelo (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Especial e Combate do Crime Organizado).