A Operação Hinterland, da Polícia Federal, cumpriu 37 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão preventiva nesta quinta-feira (30), sendo uma destas no Paraguai. A ação tem como alvo grupo que traficou ao menos 17 toneladas de cocaína, que passaram por Mato Grosso do Sul a caminho da Europa.

Conforme as informações da PF, dono da operadora portuária no Rio Grande do Sul foi preso. Ele é apontado como um dos principais investigados da organização criminosa.

Ainda na entrevista coletiva foi apontado que empresários de logística portuária foram presos na operação. Também foi preso Rodrigo Alvarenga Paredes, no Paraguai, responsável pelo envio da cocaína.

Essa droga entrava no país por Ponta Porã, segundo a Polícia Federal. Então seguia até o Rio Grande do Sul e era escoada pelo porto até a Europa.

A droga era despachada em meio a cargas lícitas, ‘mascarando’ o entorpecente. Além disso, o tráfico era feito sem conhecimento dos clientes, que usavam o porto para o transporte dessas cargas.

Também foram expedidos mandados de sequestro de 87 bens imóveis, 173 veículos, uma aeronave, bloqueios de contas bancárias vinculadas a 147 CPFs e CNPJs, 66 bloqueios de movimentação imobiliária de 66 pessoas físicas e jurídicas e a proibição de expedição de GTAs (Guia de Trânsito Animal) por quatro investigados, totalizando a execução de 534 ordens judiciais.

Quando a droga chegava na Europa, o grupo comprador furtava a parte da carga regular que continha a cocaína, para distribuição em diversos países da Europa. Em 2 anos, a organização criminosa movimentou 17 toneladas de drogas que tinham como destino a Europa, sendo que 12 toneladas foram apreendidas.

As investigações começaram em março de 2021, a partir de informações recebidas pela Polícia Federal. Na ocasião, 316 quilos de cocaína foram apreendidos em Hamburgo, na Alemanha, em dezembro de 2020, a partir do Porto de Rio Grande.