O namorado da adolescente de 17 anos, torturada, queimada, cortada e mantida em cárcere em , acabou preso na madrugada desta quinta-feira (19). Ela foi resgatada na terça-feira (17), após denúncia de moradores da região do bairro .

Segundo o irmão do rapaz, um policial militar, o autor foi preso por volta da 1 hora da madrugada em uma clínica de desintoxicação para dependentes químicos. De acordo com o policial, o irmão passa por clínicas de reabilitação desde 2016. 

A jovem sofreu espancamentos até ficar desmaiada, teve o corpo queimado com água fervente, ferro de passar roupa, sofreu choques elétricos, teve parte íntima e cabelos cortados com faca, foi obrigada a introduzir objeto também em parte íntima e a tomar remédios controlados até ficar dopada.

Torturada e queimada com ferro de passar roupa

À polícia, ela relatou que namorou o autor há um ano e há aproximadamente dois meses moravam juntos. Desde o último dia 10, segundo a jovem, era mantida em cárcere dentro da casa. Ambos não possuem filhos. O motivo de todas as agressões sofridas, segundo a vítima, era por causa de ciúmes do autor, que é dependente químico.

Ela contou à polícia que ele chegou alterado nesta segunda-feira (16) em casa devido ao uso de entorpecentes, a trancou na residência e começou a agredi-la. Ele esquentou água no fogão e jogou contra a jovem, causando lesão no braço esquerdo e pescoço.

Em seguida, esquentou o ferro de passar roupa e a queimou nas costas da vítima. A adolescente também relatou agressões sofridas como choque elétrico, introdução de objeto em parte íntima, além dos cabelos e da parte íntima cortados com uma . Além disso, as agressões físicas terminavam somente quando ela estava desfalecida.

A cada dois dias, a vítima era obrigada a tomar medicamentos que a deixavam dopada. Nesta terça-feira (17), moradores da região conseguiram contato com um tio do autor que foi à casa, levou a menina para a UPA Moreninhas e acionou a Polícia Militar.

Antes da polícia ser acionada, o autor fugiu de casa, levando o celular da jovem. Exames na unidade de saúde confirmaram as agressões sofridas.

Após atendimento, ela foi encaminhada à (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde prestou depoimento e foi feito pedido de medida protetiva, além do encaminhamento para atendimento psicossocial. A faca utilizada nos crimes e o cabelo cortado foram levados à delegacia.