O pai de Luan Roberto de Oliveira, de 24 anos, assassinado a tiros na madrugada do dia 30 de abril, no Monumento, em , lembrou de como o filho era, durante depoimento nesta tarde na 1ª audiência de instrução do caso. Luan foi morto ao dar carona para a colega Karolina Silva Pereira, de 22 anos, a jovem também foi ferida na ocasião e morreu no hospital três dias.

O autor foi preso naquela noite e confessou o crime.

Luan foi assassinado com um tiro no tórax e a ex-namorada do autor foi ferida com dois tiros, um na cabeça e outro no pescoço.

Mesmo morando longe, o pai de Luan, Paulo Roberto Moraes Oliveira, lembrou durante depoimento o quanto o filho ajudava as pessoas e era esforçado. Ele prestou depoimento por videoconferência. “Luan era muito esforçado. Ele sempre falava que queria conseguir suas coisas. Onde ele chegava semeava alegria. Não gostava de intrigas, gostava de ajudar as pessoas”, lembrou o pai.

Relação com Karolina e dia do crime

Ainda segundo Paulo, apesar das informações de que o filho tinha relacionamento com Karolina, ele disse que desconhece. “Por morar em outra cidade, não posso afirmar que os dois tinham um relacionamento, mas pelo que me falavam, não namoravam. Eu acredito também que não. Ele sempre falava que mulher comprometida não servia para ele”, informou o pai.

Promotores, advogados e familiares de Karolina em audiência de instrução. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Luan tinha ido acompanhar a colega de trabalho em sua casa depois da jovem relatar que estava com medo do ex-namorado que não aceitava o fim do relacionamento.

Para a audiência de instrução estão previstos 15 depoimentos. A delegada da (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), Analu Ferraz, lembrou que o autor ligou para a mãe da vítima falando que era o culpado.

“Ele disse que matou porque fazia de tudo para que Karolina não terminasse com ele. Ameaçava suicídio, perseguia no trabalho depois do último termino e que ela se recusou a reatar. No dia anterior ele foi até a casa dela, mas estava sem arma. No dia do crime ele levou a arma junto com ele”, detalhou.

A delegada ainda disse que o pai dele foi quem indicou onde estava a arma, escondida no chiqueiro da chácara. “O autor tinha comprado a arma meses antes com seis munições, usou uma para testar e tinha cinco no dia do ocorrido. Três foram usadas no crime”, contou a delegada, lembrando ainda que ele não apresentou nenhum arrependimento. “Estava tranquilo. Muito eloquente, não tinha dificuldade de compreensão”.

Amigas de Karol também estão sendo ouvidas em juízo.

Premeditação

Na época, o advogado de defesa do autor havia falado que o crime foi premeditado, pois o ex-namorado de Karolina tinha presenciado as vítimas se beijando e enfurecido planejou o crime, porém não tinha intenção de matar Luan.

No dia do crime, ele esperou a ex escondido em frente a casa dela. Quando viu as vítimas, se aproximou e apontou em direção à ex-namorada, atirou na jovem e Luan reagiu perguntando: “o que é isso?” Em seguida, ele atirou no tórax de Luan e atirou novamente na ex-namorada.

Luan morreu no local e Karol foi socorrida em estado gravíssimo, mas não resistiu e faleceu três dias depois.