Morto pelo PCC em tribunal após trocar carga de cocaína por gesso foi queimado vivo em carro
Dois foram mortos carbonizados e nove indiciados pelo crime
Thatiana Melo, Mirian Machado –
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Marcelo dos Santos Vieira, de 45 anos, um dos mortos carbonizados dentro de um carro foi queimado vivo pelo tribunal do crime do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele e o comparsa Thiago Brumatti Palermo, 30 anos, receberam a “punição” por trocar uma carga de cocaína por gesso. A dupla era encarregada de ‘montar’ os carros para o transporte da droga que seria enviada para São Paulo. Nove pessoas foram indiciadas pelo crime. Três estão presos e quatro são procurados.
A morte de Marcelo e Thiago aconteceu depois que o PCC descobriu que os dois haviam trocado 40 quilos de cocaína por gesso. A carga total era de 100 quilos. A descoberta se deu quando o veículo foi preparado pela dupla e deixado em uma casa, que acabou invadida por dois homens, no bairro Los Angeles.
Os dois, que invadiram a casa, levaram a droga e passaram a fazer o comércio da cocaína. Após o roubo da carga, Marcelo e Thiago avisaram que haviam sido roubados e passou-se a procura pelo dois que haviam levado a droga.
A facção passou a procurar pelos dois que acabaram sendo pegos pelo PCC. Quando pegos pela facção, os dois falaram que devolveriam a cocaína, mas contaram aos membros da facção que Marcelo e Thiago haviam trocado parte da cocaína por gesso.
Com isso, os membros da facção julgaram também Marcelo e Thiago pelo crime ao tentar enganar a facção. Todos os quatro foram julgados e condenados pelo PCC, sendo que Thiago foi morto estrangulado e colocado no porta-malas do carro junto dos outros dois que roubaram a carga da casa.
Já Marcelo foi colocado no banco traseiro do veículo que foi queimado. Um dos dois que estava no porta-malas conseguiu desamarrar as mãos e abrir o porta-malas, e com isso, a dupla conseguiu sair fugindo. Já Marcelo foi morto queimado vivo.
Nove pessoas foram indiciadas pelo crime. Em outubro deste ano, uma operação da delegacia especializada foi até São Paulo onde as prisões foram feitas. Os corpos dos dois homens foram encontrados em uma estrada de terra na Avenida Wilson Paes de Barros, no bairro Nova Campo Grande.
Corpos carbonizados
A região é conhecida por ser uma localidade de ‘desova’. Os corpos estavam totalmente carbonizados dentro de um veículo Ford Fiesta. Um dos corpos estava no banco traseiro e o outro no porta-malas do veículo.
Os moradores da região se deparam com motos e carros pegando fogo constantemente, segundo relatos feitos ao Jornal Midiamax. O montador de palcos, Alisson Santos, contou na época, que presenciou motos carbonizadas nos últimos meses. “Sempre vejo carros e motos pegando fogo aqui. Nos últimos meses, vi três motos carbonizadas”.
Um trabalhador da construção civil que passava pela avenida e não quis se identificar também afirmou: “Esse lugar é usado com frequência para jogar corpos. Direto eu via a polícia aqui nessa área, mas há um tempo já não vejo. Também já vi carros queimados por aqui”.
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