Defesa da mãe de Sophia pede adiamento de audiência a dez dias da sessão
Médicas que atenderam a menina no dia que foi constatada a morte serão ouvidas
Thatiana Melo, Mirian Machado –
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A defesa da mãe de Sophia Ocampo, morta aos 2 anos, protocolou nesta segunda-feira (18) o pedido de redesignação da audiência de instrução e julgamento prevista para o próximo dia 28.
O pedido ocorreu porque duas das três advogadas não poderão estar presentes, já que terão outras audiências marcadas no mesmo dia e horário, uma pela 6ª Vara Criminal e a outra 7ª Vara do Juizado Especial Criminal.
“Tendo em vista serem as advogadas supramencionadas as únicas patronas da assistida Stephanie, requer a Vossa Excelência que se digne redesignar data para a realização da audiência de instrução perante este Douto Juízo, para data próxima da anteriormente designada”, diz o pedido.
Prevista para o dia 28, a audiência ouvirá as médicas que atenderam a menina. Elas irão prestar depoimento do caso que mudou de Vara, e agora o juiz Aluisio Pereira dos Santos está à frente do caso. Após, mãe e o padrasto, Christian Campocano Leitheim, deverão ser ouvidos.
Recentemente a Justiça determinou que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) faça a perícia nos aparelhos celulares dos acusados da morte da menina.
Antes, havia sido feito o pedido para que a Polícia Federal fizesse a tentativa de recuperação de dados, já que a Polícia Civil não conseguiu fazer a recuperação. E agora ficou a cargo do Gaeco a perícia para tentar recuperar dados que foram apagados sobre a morte de Sophia, já que possuem tecnologia mais avançada para o trabalho.
“Considerando que mencionada autoridade, inclusive, os encaminhou também à polícia científica do Estado do Paraná por conta da tecnologia mais avançada, também sem sucesso; Considerando, finalmente, que o GAECO, braço direito do Ministério Público, é órgão estadual dotado de equipamentos também de alta tecnologia: Decido com base no art. 3o do CPP e art. 378 do CPC em encaminhar ao Gaeco aludidos aparelhos para fins de tentar extrair os dados ou provas de interesse criminal no contexto deste processo.”, diz o juiz Aluisio Pereira dos Santos em sua decisão.
Morte de Sophia
Sophia morreu aos 2 anos, na noite do dia 27 de janeiro. Ela foi levada pela mãe a um posto de saúde, onde as médicas que atenderam a menina constataram que ela já estava morta há pelo menos quatro horas. Tanto a mãe como o padrasto de Sophia foram presos e já indiciados pelo crime.
O casal ainda tentou alterar as provas da morte da menina para enganar a polícia. A prisão preventiva foi decretada no dia 28 de janeiro. Em sua decisão, o magistrado afirmou que: “A prisão preventiva se justifica, ainda, para preservar a prova processual, garantindo sua regular aquisição, conservação e veracidade, imune a qualquer ingerência nefasta do agente. Destaca-se que, conforme noticiado nos autos, a criança somente foi levada para o Pronto Socorro após o período de 4 horas de seu óbito, o que evidencia que os custodiados tentaram alterar os objetos de prova.”
O juiz ainda citou que caso o casal fosse solto, haveria a possibilidade de tentativa de alteração de provas “para dificultar ou desfigurar demais provas”. O casal foi levado para unidades penitenciárias, sendo a mulher para o interior do Estado e o padrasto da menina para a Gameleira de Segurança Máxima.
A menina passou por vários atendimentos em unidades de saúde, entre eles febres, vômitos, queimaduras e tíbia quebrada. Em menos de 3 meses, a criança foi atendida diversas vezes sem que nenhum relatório fosse repassado sobre os atendimentos a menina.
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