Esposa de morto no Coophavilla diz estar sendo ameaçada e perseguida: ‘vida virou pesadelo’
A mulher explica que não é uma criminosa e não aguenta mais ser perseguida e ameaçada
Anna Gomes –
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“A minha vida virou um pesadelo”, assim começa a fala da diarista Elisangela Dias dos Santos, de 39 anos, durante uma entrevista ao Jornal Midiamax. A mulher explica que era esposa de Eraldo Lopes da Silva, de 42 anos, assassinado a facadas, no Bairro Coophavila, em Campo Grande. Ela também destaca que mesmo sem cometer crime está sendo ameaçada e perseguida.
O assassinato aconteceu por volta das 2h da manhã da última quinta-feira (11). Eraldo bebia em um bar quando aconteceu uma briga generalizada após a mulher dele aparecer no estabelecimento acompanhada de um amigo.
Elisangela conta que era casada com Eraldo há dois anos e que ambos tiveram uma filha que tem pouco mais de um ano. No dia dos fatos, a mulher conta que o marido estava no local com o genro dela. Ela foi ao estabelecimento acompanhada de um amigo e chamou o marido que não teria lhe dado atenção.
“Eu chutei a moto dele, mas era só para chamar atenção. Não sabia a dimensão que o caso iria tomar. Neste momento, começamos a discutir e aconteceu uma briga generalizada no bar. Eu desmaiei após ser agredida por um desconhecido e quando acordei já me informaram que Eraldo estava morto”.
O então marido de Elisangela teria sido esfaqueado pelo amigo da diarista, que supostamente teria tentado defender a mulher de ser agredida. A vítima foi atingida por três golpes de faca e o suspeito fugiu logo após cometer o crime.
“O meu amigo ainda disse para irmos embora, mas como eu estava nervosa, acabei chutando a moto e aconteceu tudo isso”, lamentou.
Após a morte de Eraldo, Elisangela diz que está sofrendo ameaças e que até a foto da filha está sendo compartilhada pelas redes sociais.
“Eu não matei ninguém. Estou cooperando com a polícia. Prestei o meu depoimento como testemunha e não como assassina. Estão me acusando de algo que não fiz. Eu era casada com o Eraldo e nunca tive um relacionamento extraconjugal. Resolvi conversar com a imprensa, pois a minha foto e a da minha filha estão sendo compartilhadas pelas redes sociais como seu eu fosse uma criminosa e eu não sou”, disse.
Devido às ameaças, Elisangela procurou a delegacia e registrou o caso. Ela diz que o advogado também já está tomando as providências. A diarista lamenta não estar conseguindo seguir a vida e ressalta que não pode nem ir ao velório do marido.
“Não me deixaram ir ao velório do meu marido e estou na residência de parentes, pois tenho medo de voltar para casa com a minha filha que é apenas um bebê. Estão dizendo mentiras, alegam que fui pivô da morte do meu esposo por ser amante. Eu nunca fui amante e não sou uma criminosa. Não preciso fugir, pois não sou uma bandida, mas infelizmente estou vivendo como se fosse uma. Falaram até que eu era ex-mulher do meu marido, algo que é mentira, eu era companheira dele há dois anos”, explicou.
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