Condenação de 20 anos foi comemorada por viúvo de mulher morta a facadas pelo filho
Julgamento durou cerca de 9 horas e Matheus foi condenado pelo assassinato da mãe
Aline Machado, Graziela Rezende –
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Quase um ano e oito meses após perder a esposa assassinada, o caminhoneiro Carlos Roberto dos Santos, comemorou a condenação de Matheus Gabriel Gonçalves dos Santos. O rapaz, que é filho da vítima, foi sentenciado a 20 anos de prisão por matar a mãe, Marta Gouveia dos Santos.
“Eu já esperava essa sentença. Estava em sigilo [a investigação] e eu não sabia as provas que tinham no processo, mas, eu sabia e sentia que realmente era ele o culpado”, disse o caminhoneiro de 53 anos que era casado com Marta.
A sentença foi proferida na tarde desta quinta-feira (28), pela juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, da Vara Criminal de Nova Andradina, cidade onde ocorreu o assassinato em janeiro de 2022.
Matheus, que já cumpriu um ano sete meses e vinte e cinco dias na Penitenciária Estadual de Dourados, foi condenado a 20 anos, 5 meses e 11 dias em regime fechado pelo assassinato da mãe. Marta foi morta com 30 facadas. Os golpes foram desferidos na cabeça e no pescoço da vítima.
O crime chocou a população local. Nesta tarde, uma moradora disse que faltou ao trabalho para acompanhar o julgamento. “Queria que ele pagasse pelo o que fez”, declarou. Ao receber a sentença, o jovem não esboçou nenhuma reação. No final do julgamento, Matheus foi escoltado de volta para a Penitenciária Estadual de Dourados, onde crumpre a pena.
Assassinato
No crime ocorrido em Mato Grosso do Sul, as investigações mostraram que o filho agiu sozinho no assassinato da mãe. O crime aconteceu no dia 23 de janeiro. Marta desapareceu por volta das 6h30 depois de sair para pedalar. Depois disso não foi mais vista e foi dada como desaparecida.
O corpo foi encontrado por um casal de amigos, por volta das 16h20, do mesmo dia em que ela sumiu. A vítima estava seminua à margem da segunda alça do anel viário que liga a rodovia MS-276 com a MS-134, saída para Batayporã.
Julgamento
Durante o julgamento, o defensor público, Aparecido Tinti Rodrigues de Farias, insistiu que tinham pegadas próximas da bicicleta de Marta e que houve omissão nas investigações. Ele defendeu que as testemunhas não foram ouvidas imediatamente e ressaltou que são necessárias provas materiais, além de buscas no “Google” e no telefone celular do jovem.
O promotor de acusação, William Marra Silva Júnior, rebateu a alegação de que houve omissão nas investigações sobre o assassinato de Marta e afirmou que Matheus Gabriel tentou obstruir as investigações, além disso, ele ressaltou os desvios de comportamento de Matheus, o que foi mencionado por diferentes testemunhas sobre o caso, e finalizou dizendo que o acusado é um ‘ladrão de vidas’.
Matheus foi preso no dia 3 de fevereiro de 2022 e 30 dias após a prisão temporária, foi transferido para a Penitenciária Estadual de Dourados, no Sul do Estado. Matheus, que alega Inocência, apontou um parente do ex-marido da mãe como autor do assassinato, sem dar mais detalhes, ou informar o que teria motivado o crime.
A polícia, por outro lado, garante que o comportamento do rapaz, durante os depoimentos, foi um dos primeiros sinais de que ele tivesse matado a mãe. As investigações confirmaram a suspeita e apontaram o jovem como autor do crime.
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