CAC alvo de operação do Gaeco com arsenal é apontado como líder de organização criminosa

O CAC seria responsável pela gestão da aquisição e transporte da droga

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(Divulgação Gaeco)

O CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) alvo da Operação Traquetos, deflagrada nessa quarta-feira (8) é apontado pelo Gaeco como líder da organização criminosa. Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão contra ele, as equipes encontraram arsenal, com armas e 627 munições de diversos calibres.

Uma zootecnista, de 42 anos, foi presa após ser flagrada com munição na sua casa, no Residencial Damha. A ação teve como alvo desarticular quadrilha de tráfico de drogas que contava com rede de batedores e pontos de apoio em várias cidades de Mato Grosso do Sul.

Segundo investigações, o CAC seria um dos líderes da organização junto de mais dois integrantes que tinham como responsabilidade a gestão da aquisição e transporte da droga, o que incluía a compra do entorpecente pelos fornecedores, como também a preparação dos carros para o transporte e depois a venda da droga.

Ainda eram responsáveis pela movimentação dos valores da venda, e custeio com a logística, além de contratação de advogados para outros integrantes da organização criminosa. 

Um dos integrantes da organização, junto ao CAC, usava a conta bancária da filha para movimentar o dinheiro do tráfico. As investigações do Gaeco iniciaram em julho de 2021, quando dois integrantes da organização foram presos pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). Eles estavam na função de batedores de uma carga de 817 quilos de maconha.

Mandados e apreensão de munições e armas

O mandado de busca e apreensão contra a zootecnista foi expedido pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande e cumprido na residência da zootecnista, localizada no condomínio de luxo Damha. Na casa, os policiais localizaram 15 munições de calibre .20, além de uma luneta e um bipé, acessórios usados em armas de fogo. 

Para os policiais, ela disse que não sabia sobre as munições e os acessórios. A mulher foi levada para a delegacia. Em outro endereço, na Avenida Guaicurus, o alvo foi um comerciante com registro de CAC. Lá foram cumpridos mandados de busca e apreensão, tanto na casa como na oficina mecânica do homem.

Foram encontradas cerca de 627 munições de diversos calibres, além de uma pistola, três carregadores, uma espingarda, uma carabina, uma mira holográfica e uma luneta. As buscas foram acompanhadas por promotor do Gaeco. Ainda segundo informações, as munições de calibre .40 e 9mm tinham indícios de ilegalidades. 

Um terceiro alvo da ação do Gaeco foi uma mulher de 25 anos, presa na Vila Piratininga. Ela era o alvo da operação e contra a jovem havia um mandado de prisão expedido pela 4ª Vara Criminal. 

Líderes usavam carros de luxo

Os líderes da organização criminosa ficavam responsáveis pela gestão da atividade, contando tanto com apoiadores, muitos dos quais aceitavam movimentar o dinheiro oriundo da traficância, em transações que, apesar de pulverizadas, alcançavam considerável valor financeiro.

Os líderes ostentavam alto poder aquisitivo e costumavam transitar em veículos de luxo. Por sua vez, os “gerentes” participavam da negociação da droga (aquisição e venda) e até do transporte, sendo próximos dos líderes, que acabavam muitas vezes não tendo contato direto com a substância entorpecente.

Já os “batedores e transportadores” serviam para efetivar o transporte do entorpecente (como regra, maconha), tanto dentro como fora de Mato Grosso do Sul. Por fim, os “guarda-roupas” atuavam como armazenadores da droga na cidade de Campo Grande, até que saísse com destino a outros estados da Federação.

Equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais), do Batalhão de Choque da Polícia Militar e da GISP (Gerência de Inteligência Penitenciária) prestaram apoio operacional ao Gaeco.

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