Jovem de 19 anos se tornou réu, junto com o irmão e um comparsa, por roubo e sequestro de uma mulher no dia 25 de fevereiro, em Campo Grande. O crime aconteceu durante a madrugada e dois autores acabaram presos em flagrante.

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), um dos suspeitos estava armado. Então, junto com o irmão do jovem de 19 anos teria abordado a mulher e apontado a arma para ela.

Assim, os autores exigiram que a vítima não tentasse fugir e entraram dentro do carro da mulher, ordenando que ela dirigisse. A princípio, ela teria ido até a Nhanhá para comprar drogas, quando foi assaltada.

Após as ameaças, os suspeitos deixaram a mulher em uma residência e roubaram o carro, um Nissan Versa. Dinheiro da vítima ainda foi transferido via Pix para a conta do suspeito de 19 anos.

Ele teria ficado encarregado de receber os valores do assalto. Após o roubo, os outros dois envolvidos foram localizados e presos em flagrante, sendo o caso investigado pela Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos).

A denúncia foi recebida na última semana pela juíza May Melke Amaral, da 4ª Vara Criminal.

Alvo de vários atentados

Apesar da denúncia, o jovem de 19 anos não chegou a ser preso. O Midiamax apurou que o suspeito já foi alvo de vários atentados em Campo Grande, entre dezembro de 2022 e fevereiro deste ano.

O último fato teria ocorrido na madrugada de 8 de fevereiro. Já no primeiro caso, em 21 de dezembro de 2022, um dos atiradores acabou preso pela Defurv. Isso, porque agentes à paisana vigiavam a barbearia onde ocorreu o crime.

Naquele dia, os policiais buscavam o autor de um roubo ocorrido no dia anterior. Então, foram até a barbearia na Nhanhá e, enquanto aguardavam com a viatura descaracterizada, presenciaram o suspeito chegar e fazer vários disparos.

Em seguida, o autor fugiu em uma motocicleta e houve perseguição. Durante o acompanhamento, o rapaz acabou caindo com a motocicleta, quando foi preso em flagrante.

Menos de um mês depois, em 12 de janeiro, o jovem de 19 anos novamente sofreu outra tentativa de homicídio. Desta vez, foi alvo de disparos de arma de fogo e acabou atingido.

Assim, ferido de raspão, procurou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon. Por conta do ferimento por arma de fogo, foi acionada Polícia Militar até o local.

Ainda não foi esclarecida a motivação para as tentativas de homicídio contra o rapaz.

Tentativa de homicídio na Nhanhá

Aos policiais, familiar do alvo dos disparos relatou que ele vem sofrendo ameaças constantes. Na madrugada, por volta das 4 horas, dois suspeitos em uma motocicleta passaram atirando várias vezes contra a casa.

Adriano Ferreira da Luz Junior, de 20 anos, que acabou morrendo em confronto com policiais do Batalhão de Choque, era primo da vítima. Ainda segundo a polícia, o crime poderia até mesmo ter motivação passional.

“Os primos brigaram por causa de uma mulher. Um deles se envolveu amorosamente com a convivente do outro”, relatou a delegada Joilce Ramos, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Após os disparos, Adriano fugiu com o comparsa e foi localizado no Jardim Centro-Oeste. Também acabou preso um suspeito que usava tornozeleira eletrônica e teria envolvimento no atentado.

Já Adriano teria atirado contra os policiais, que revidaram. Ferido, ele foi levado até uma unidade de saúde e acabou morrendo.

Adriano tinha passagens por tráfico de drogas, lesão corporal dolosa e um homicídio em 2019. Ainda adolescente, em 2019, Adriano matou a facadas o idoso de 60 anos Irio Gimenez, no Jardim Tijuca.

Na época, ele contou que Irio teria anunciado um assalto e por isso esfaqueou e cravou uma faca na vítima.