Ação contra venda de fio de cobre prende 4 pessoas e notifica 36 empresas em Campo Grande

Operações realizadas para fiscalizar e coibir a venda irregular de fios de cobre em Campo Grande prenderam 4 pessoas e notificaram 36 empresas que faziam o comércio ilegal do produto. Na maioria dos casos, o produto furtado é vendido em comércios clandestinos e o dinheiro destas vendas está relacionado ao tráfico de drogas. Em entrevista […]

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Secretário especial de segurança de Campo Grande, Anderson Gonzaga (Foto: Alicce Rodrigues / Midiamax)

Operações realizadas para fiscalizar e coibir a venda irregular de fios de cobre em Campo Grande prenderam 4 pessoas e notificaram 36 empresas que faziam o comércio ilegal do produto. Na maioria dos casos, o produto furtado é vendido em comércios clandestinos e o dinheiro destas vendas está relacionado ao tráfico de drogas.

Em entrevista ao Jornal Midiamax, o secretário especial de segurança do município, Anderson Gonzaga, explica que as ações para coibir esses crimes estão ‘mais eficientes’ desde a assinatura do decreto que regulamentou a Lei que exige a comprovação de origem ou procedência na comercialização de cobre, alumínio e estanho.

“Só neste ano fizemos 41 operações para fiscalizar a venda de fios de cobre em Campo Grande. Notificamos 36 empresas pelo comércio irregular do material e prendemos 4 pessoas. Antes do decreto fazíamos as ações, mas não conseguimos prosseguir, agora com a regulamentação, temos como coibir essa prática porque temos mais respaldo e mais legalidade”, observa.

Conforme o decreto assinado no último mês, o estabelecimento que comercializar o produto sem a comprovação da procedência ou origem, pode sofrer multa de R$ 10 mil reais, além da reclusão de 1 a 4 anos e a cassação do alvará de atendimento do proprietário e sócio pelo período de 10 anos.

Em Campo Grande as fiscalizações ocorrem de forma integrada entre equipes da GCM (Guarda Civil Metropolitana), subordinada a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança Pública e Defesa Social), Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos), Polícia Militar e Polícia Civil.

A Energisa e as empresas de telecomunicações – que, normalmente, são lesadas pelos furtos do material – também participam das ações. Nos casos em que o material apreendido pertence a uma das empresas, o produto é devolvido.

Polícia apreendeu 200 kg de fio de cobre em comércio clandestino no Noroeste (Foto: Divulgação Derf)

Só em outubro deste ano a Polícia Civil apreendeu 200 kg de fios de cobre em um comércio clandestino que funcionava no bairro Jardim Noroeste. No início de novembro, foi deflagrada a Operação Ferro Velho, no bairro Nova Lima. Na ocasião, quatro empresas foram fiscalizadas e apenas uma delas funcionava de forma regular. As demais estavam sem alvará, ou com a autorização de funcionamento vencida.

O secretário especial de segurança do município garante que novas ações para coibir a venda irregular do produto serão realizadas. “Estamos intensificando o trabalho preventivo e aumentamos as rondas para isso”, afirma.

Atualmente, 70 viaturas e 120 guardas civis metropolitanos rondam as ruas de Campo Grande a fim de coibir ações desta natureza.

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