Advogados presos em operação contra o PCC têm registros suspensos pela OAB-MS
Quatro profissionais ficarão três meses sem poder exercer atividade
Gabriel Maymone –
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Quatro advogados presos em abril no contexto da operação ‘Sintonia dos Gravatas’, a qual apurou conduta de pessoas por integrarem ou terem ligação com o PCC, tiveram as atividades jurídicas suspensas por 90 dias pela OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil). A decisão é do Tribunal de Ética e Disciplina do órgão e foi publicada no Diário Oficial da OAB, de quinta-feira (02).
Conforme a publicação, os advogados Bruno Ghizzi, Inaiza Herradon Ferreira, Paula Tatiane Monezzi e Thais de Oliveira Caciano foram julgados e terão suspensão preventiva pelo período “em que o processo disciplinar deverá ser concluído”, consta no documento.
Consta na decisão que “os Representados mantiveram conduta incompatível com a advocacia, ultrapassando os limites delineados no Código de Ética e Disciplina da OAB. Atitude que afetou a honra e a dignidade da classe, motivo pelo qual necessária a suspensão preventiva na forma do Estatuto em vigor, visto que preenchidos os requisitos cautelares (conduta social, repercussão no ambiente social e prejudicialidade à dignidade da classe)”.
Sintonia dos Gravatas
O Gaeco ofereceu a denúncia contra 8 pessoas por envolvimento no núcleo Sintonia dos Gravatas, do PCC. Entre os denunciados estão presos de Mato Grosso do Sul e de outros estados, foragidos, um servidor público e também advogados, que tinham a função de ‘pombo-correio’ e ‘eram muito bem pagos para isso’, de acordo com relatos de integrantes da facção.
A denúncia foi oferecida no dia 8 de abril e trata da Operação Courrier. Conforme o Gaeco, a apuração inicial foi deflagrada para apurar a conduta de pessoas que integram ou se integraram em facções criminosas e demais delitos praticados por elas. Nos relatórios, consta que a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) levou ao conhecimento do órgão a existência de planos de atentados contra agentes públicos.
Um dos relatórios, com a data de 6 de abril de 2021, fala que, em uma das celas da Gameleira, foi apreendido um bilhete contendo uma ordem para que integrantes da organização criminosa assassinem dois juízes, sendo um homem atuante em Uberlândia (MG) e uma mulher da 2ª Vara de Tóxicos, de Belo Horizonte, além de uma promotora, que atua na mesma vara criminal.
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