Sete inquéritos são concluídos de fonoaudiólogo acusado de estuprar meninos em consultório

Defesa pediu por revogação da prisão ou medida cautelar, mas foi negado pela Justiça

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Wilson está preso preventivamente por estupro de vulnerável (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax) – (Foto: Henrique Arakaki

Sete inquéritos contra o fonoaudiólogo Wilson Nonato, de 30 anos, já foram concluídos, segundo o delegado Marcelo Damaceno, da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente). O fonoaudiólogo é acusado de estuprar meninos durante as consultas.

A defesa de Wilson chegou a pedir a revogação de sua prisão ou a imposição de medidas cautelares, alegando que o fonoaudiólogo possui condições subjetivas favoráveis, posto que é primário, possui ocupação lícita, residência fixa e não se apresenta como risco para ordem pública. Mas, o pedido acabou negado pela Justiça, nesta terça-feira (26), e publicado em Diário da Justiça.

Entre 30 e 40 crianças já foram ouvidas em depoimento especial na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em Campo Grande. Todas foram pacientes do fonoaudiólogo Wilson Nonato, que está preso preventivamente por estupro de vulnerável desde o dia 9 de março.

Preferia meninos com até 8 anos

As vítimas são meninos com idades entre 2 e 8 anos. Nos interrogatórios, ele permaneceu em silêncio, dizendo ainda que responderia apenas em juízo. Preso preventivamente, ele está detido no Presídio de Segurança Máxima da Gameleira. Conforme relatado anteriormente pela polícia, outros 20 profissionais trabalham na mesma clínica, de forma correta.

Há suspeita de que ele tenha atendido ao menos 200 crianças desde que começou a trabalhar no local. Natural de Manaus, Wilson chegou a Campo Grande em abril de 2021 e logo começou a atender. Ele está preso desde o dia 9 de março, quando foi detido em flagrante por abusar de um menino durante a sessão de atendimento.

Wilson foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que prevê pena de 8 a 15 anos. O acusado conquistava a confiança das crianças e oferecia recompensas, como doces. Durante os atendimentos, quando deitava os meninos na maca, passava a mão nos órgãos íntimos das vítimas.

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