Entre 30 e 40 crianças já foram ouvidas em depoimento especial na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em . Todas foram pacientes do fonoaudiólogo Wilson Nonato, de 30 anos, que está preso preventivamente por estupro de vulnerável desde o dia 9 de março.

Conforme o delegado Marcelo Damaceno, famílias de pacientes do fonoaudiólogo seguem sendo chamadas para prestarem depoimentos na delegacia. No entanto, não foram identificadas novas vítimas, além dos 5 meninos que revelaram terem sido vítimas de abusos por parte de Wilson.

A Polícia Civil esclarece que, mesmo as crianças não tendo confirmado qualquer tipo de abuso, isso não significa que não tenham sido vítimas, já que elas têm algumas deficiências na comunicação e, justamente por isso, faziam tratamento como o fonoaudiólogo. Por isso, é indicado às possíveis vítimas o tratamento continuado com psicóloga.

Responde pelo estupro de 5 vítimas

Até o momento, foram instaurados 5 inquéritos contra o fonoaudiólogo. As vítimas são meninos com idades entre 2 e 8 anos. Até o momento, Wilson não confessou nenhum crime, mas também não teria negado os fatos.

Nos interrogatórios, ele permaneceu em silêncio, dizendo ainda que responderia apenas em juízo. Preso preventivamente, ele está detido no Presídio de Segurança da Gameleira. Conforme relatado anteriormente pela polícia, outros 20 profissionais trabalham na mesma clínica, de forma correta.

O espaço já realiza atendimentos há mais de 10 anos e logo após o ocorrido a proprietária solicitou instalação de câmeras de monitoramento nas salas e em todo ambiente. Sobre o fato de os pais não poderem participar das sessões, a dona da clínica esclareceu que esta proibição não existe e que isso era algo que apenas o fonoaudiólogo fazia.

Há suspeita de que ele tenha atendido ao menos 200 crianças desde que começou a trabalhar no local. Natural de Manaus, Wilson chegou em Campo Grande em abril de 2021 e logo começou a atender. Ele está preso desde o dia 9 de março, quando foi detido em flagrante por abusar de um menino durante a sessão de atendimento.

Wilson foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que prevê de 8 a 15 anos. O acusado conquistava a confiança das crianças e oferecia recompensas, como doces. Durante os atendimentos, quando deitava os meninos na maca, passava a mão nos órgãos íntimos das vítimas.

Em todos os inquéritos foi feito pedido de prisão preventiva do acusado. Famílias de crianças que tenham passado por atendimento com Wilson devem procurar a , que fica localizada na Rua Dr. Arlíndo de Andrade, 145, no Amambaí.