Preso no MT, marido que torturou e matou Francielli é transferido para Campo Grande

Ele teve prisão preventiva decretada

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Adailton foi preso com apoio da Polícia Civil de Mato Grosso
Adailton foi preso com apoio da Polícia Civil de Mato Grosso

Na segunda-feira (31) foi preso Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, acusado do feminicídio de Francielli Guimarães Alcântara, 36 anos, na residência da família no Caiobá. Adailton foi preso na Rodoviária de Cuiabá (MT) e chega a Campo Grande nesta quinta-feira (3).

O acusado passou por audiência de custódia em Cuiabá e foi decretada a prisão preventiva. Equipes da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) seguem para o estado vizinho, para que Adailton seja trazido e interrogado na delegacia. Ele responde por cárcere privado, tortura e feminicídio.

Prisão

Na segunda, equipes da Deam e Polícia Militar, com Batalhão de Choque, foram até a região do Lagoa Park, em buscas por Adailton. Durante a operação, as delegadas foram avisadas que Adailton estava em Cuiabá. Polinter, Delegacia Especializada em Capturas de Mato Grosso, foi acionada e o criminoso preso.

As delegadas Maíra Pacheco e Elaine Benicasa, da Deam, relataram que era providenciada documentação para que ele fosse encaminhado para Campo Grande. Ainda de acordo com as delegadas, os laudos do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) apontaram que Francielli teve cabelos e dentes arrancados e também tinha ferimentos gravíssimos nas nádegas.

Na residência, foi apreendida uma máquina de solda, possível objeto usado nas torturas e que passará por perícia. O filho do casal, de 17 anos, foi ouvido nesta segunda e disse que não presenciava as agressões. No entanto, ele via o pai ‘interrogando’ Francielli sobre a traição, em uma situação de tortura psicológica.

Inicialmente, a informação era de que a partir de qualquer resposta da vítima o marido a levava para o quarto, onde as agressões aconteciam. A Polícia Civil descartou a situação de monitoramento da vítima por câmeras de segurança.

Também conforme as delegadas, nenhum boletim de ocorrência tinha sido registrado contra Adailton pela violência doméstica, o que poderia ter ajudado a evitar a situação, a partir da medida protetiva. Em 2021, foram 7 mil medidas protetivas concedidas em Mato Grosso do Sul.

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