Preso em Campo Grande, ‘Rei da Maconha’ liderava organização que lavava dinheiro com criptomoedas

Com alvos em Dourados, a organização criminosa estaria utilizando criptomoedas para lavar dinheiro do tráfico de drogas

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Mandados são cumpridos contra organização – Divulgação, Polícia Civil

Apontado como liderança da organização criminosa alvo da Operação Intruso, que cumpre mandados em Dourados nesta quarta-feira (25), Mauro Sérgio de Souza Feitosa, o ‘Maurinho’, está detido no Presídio Federal de Campo Grande. Mesmo cumprindo pena em Abreu e Lima (PE), o ‘Rei da Maconha’ atuava no tráfico de drogas e, após operação em 2020, foi transferido para Mato Grosso do Sul.

A operação acontece após investigações em parceria entre as Polícias Civis de Sergipe e Pernambuco. Nesta quarta, são cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 6 de busca e apreensão em Sergipe, no âmbito do tráfico de drogas. Segundo a polícia, desde 2020 ao menos 20 pessoas já foram presas.

De acordo com a delegada Mayra Evangelista, a investigação apurou uma organização criminosa de tráfico de drogas interestadual com ramificação em vários estados e, inclusive, praticava a comercialização da maconha conhecida como skunk. Maurinho era conhecido como ‘Rei da Maconha Skunk’.

“Na manhã desta quarta-feira, vários estados cumpriram medidas idênticas em suas unidades dos indivíduos que foram identificados não só a partir da investigação do tráfico em si, mas também de um brilhante trabalho do Laboratório de Lavagem de Dinheiro de Pernambuco”, revelou.

Conforme a delegada, a operação também impacta financeiramente no grupo criminoso. “É uma operação que resulta não só na apreensão de drogas, identificação de autorias, mas também em prejuízo financeiro aos criminosos, com a apreensão de bens, sequestro de valores e bloqueio de contas”, acrescentou.

“É a operação final de uma série de outras operações que foram desencadeadas, também inclusive no estado de Sergipe, onde houve uma investigação independente que culminou na prisão e revelação de autoria de tráfico de drogas e associação ao tráfico de diversos indivíduos aqui do estado durante os anos de 2020 e 2021”, pontuou.

Com alvos em Dourados, a organização criminosa estaria utilizando criptomoedas para lavar dinheiro do tráfico de drogas.

Rei da Maconha

Rei da Maconha está preso em Campo Grande
Ação que transferiu Maurinho – Polícia Civil

Em 24 de setembro de 2020 foi realizada a Operação Xeque-Mate, pela Polícia Civil de Sergipe, com ações também em Alagoas, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Chefe da organização criminosa voltada para o tráfico de skunk, Maurinho foi transferido para o Presídio Federal em Campo Grande.

Segundo as informações da polícia, a intenção era desarticular o grupo criminoso, especializado no tráfico de skunk. A droga chegava a ser vendida a R$ 15 mil o quilo na região nordeste do país. Ainda na manhã desta quinta-feira, dois integrantes da organização criminosa, de 18 e 38 anos, entraram em confronto com a polícia em Aracaju e não resistiram aos ferimentos.

Além disso, a mulher de 38 anos era considerada liderança da organização nas ruas e era bastante conhecida por ter um perfil violento. Também seria responsável por ordenar execuções de traficantes rivais. Ainda segundo a polícia, as investigações tiveram início no fim de maio daquele ano, após identificação do crescimento no tráfico de skunk em Sergipe.

Maurinho vendia o skunk em grandes quantidades e tentava se tornar fornecedor exclusivo, além de se intitular o ‘Rei da Maconha Skunk’ em Sergipe. Inclusive este foi o motivo que deu nome à operação de Xeque-Mate, uma alusão à movimentação final do xadrez.

Também segundo a polícia, Maurinho é autor de roubos e tem 12 condenações em Sergipe, inclusive por crime de extorsão mediante sequestro e tentativa de homicídio. Além do tráfico, o grupo também enviava armas e munições em carregamentos, junto com a droga, de Recife para Sergipe.

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