Preso confessa morte e diz que marcou programa com mãe de menina estuprada em Campo Grande
A criança de 11 anos foi brutalmente assassinada pelo acusado que tentou acobertar o estupro
Renata Portela –
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Preso em flagrante nesta segunda-feira (12), homem de 31 anos acusado de matar a menina de 11 anos no Bairro Nossa Senhora das Graças confessou o crime. Ele disse ainda que assassinou a criança após ter combinado um programa sexual com a mãe dela, que também está presa.
Conforme os delegados Roberto Carlos Morgado e Gustavo Henrique Barros, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), o suspeito confessou o homicídio. Ele foi detido poucas horas após o crime.
Ainda segundo os delegados, o suspeito foi até a casa da vítima porque marcou um programa sexual com a mãe dela, que é garota de programa. No entanto, na casa estavam apenas as crianças, já que a mulher as deixou sozinhas e foi até um bar.
Como já conhecia a casa, o suspeito entrou pela porta dos fundos, já que a da frente estava fechada. No interrogatório, ele alegou que a menina se assustou e começou a gritar e, por isso, a matou.
Porém, os delegados entendem que a morte seria uma forma de acobertar os estupros. Exames iniciais da Perícia já identificaram que houve crime de estupro. A criança também tinha vários ferimentos pelo corpo, como mordidas.
Além disso, a morte foi causada por traumatismo craniano. O autor confessou que bateu a cabeça da vítima várias vezes no chão. Também foi constatado que o irmão mais novo, de três anos, presenciou todo o crime.
Ele foi ouvido na DEPCA em depoimento especial, com acompanhamento de psicóloga. Já o autor está preso em flagrante pelo homicídio qualificado por motivo fútil, por meio cruel, para ocultar ou garantir impunidade de outro crime (que seria o estupro) e contra menor de 14 anos. Ele também responde por estupro de vulnerável.
Após estupro e morte, suspeito foi para casa dormir
Conforme os delegados Roberto Morgado e Gustavo Barros, o suspeito teria estuprado a menina, a assassinado e depois foi para casa. Ele é morador na mesma região e lavou as roupas que usava no momento do crime.
Depois, dormiu. Nesta segunda-feira, ele foi encontrado pelas equipes da Polícia Civil, a caminho do trabalho. O homem logo confessou o crime informalmente.
Na casa, foram encontradas as roupas que ele lavou e as peças foram apreendidas. Inicialmente o caso foi registrado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), no plantão.
Também atuou na investigação o GOI (Grupo de Operações e Investigações). A partir das investigações iniciais, o suspeito foi identificado e agora está preso aguardando audiência de custódia.
Mãe foi presa por abandono de incapaz
A mãe prestou depoimento por cerca de 40 minutos na Deam. Segundo a delegada Karen Viana de Queiroz, ela seria garota de programa.
Na noite do crime, a mãe teria ido para um bar ingerir bebidas alcoólicas e deixado as crianças sozinhas, trancadas dentro de casa. A delegada explicou que a menina de 11 anos estava com diversos ferimentos pelo corpo, mordidas e com as partes íntimas dilaceradas.
Segundo vizinhos que também prestaram depoimento, a situação é recorrente. Além disso, esta não seria a primeira vez que a mãe deixou os três filhos sem a companhia de um adulto, aos cuidados da irmã mais velha, de 11 anos. A menina foi encontrada seminua após um vizinho ouvir o choro do irmão mais novo.
Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tentaram reanimação por cerca de uma hora, mas a criança já estava morta. O crime chocou até mesmo os socorristas, e os policiais que atenderam à ocorrência.
Testemunhas também confirmaram que a mãe estava no bar citado, o que faz com que a polícia não trabalhe com a hipótese de que ela esteja envolvida no crime. Os irmãos menores da vítima ficaram aos cuidados do Conselho Tutelar.
A delegada representou pela prisão preventiva da mãe. Segundo Karen, no imóvel não tinha alimento para as crianças, que viviam em situações precárias.
Segundo a delegada, durante o depoimento, ela chegou a ficar abalada, mas tentava culpar terceiros por não ter visto o autor entrar no imóvel. O pai da menina faleceu há cerca de dois anos.
Vizinhos ouviram choro de bebê
Um homem relatou que encontrou a mãe da vítima em um bar, por volta das 19h30, e por volta das 22h foram até a residência dela. Ao chegarem, a mãe chamou a filha para que abrisse a porta e ela não respondia, momento em que ela deu a volta na casa e entrou pela porta dos fundos.
A mãe teria encontrado a filha caída no chão da cozinha e começado a gritar por socorro. O homem que a acompanhava chamou um vizinho, que arrombou a porta, e em seguida acionaram a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.
No entanto, a mãe não soube precisar que horas saiu e deixou a vítima e seus outros filhos sozinhos. Segundo os policiais, ela aparentava estar embriagada e agressiva, e tentou sair do local, mas foi algemada e encaminhada para a Deam para prestar esclarecimentos.
Duas testemunhas, vizinhas da residência, informaram que a mãe foi até a casa delas pedindo socorro, pois teria encontrado a filha no chão da cozinha, e parecia ter sido estuprada e morta. Outro vizinho informou que o suposto autor estaria com calça jeans desbotada, camiseta preta e boné verde.
O vizinho relatou que havia discutido com a mãe da criança há alguns meses, e por isso não teria pedido ajuda. Entretanto, ele disse ter ouvido quando o suspeito chamou a mãe da menina no portão dizendo que precisava entregar um dinheiro a ela, mas a filha teria atendido e dito que a mãe não estava em casa.
Cerca de 15 minutos depois, o vizinho disse ter ouvido o irmão da vítima chorando, ter saído no portão e visto o homem saindo da residência, andando rápido e olhando para trás. O Conselho Tutelar também foi acionado.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável, abandono de incapaz e homicídio majorado contra pessoa menor de 14 anos.
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