Policial ferido em confronto com indígenas na sexta ainda aguarda cirurgia, diz Choque

PMs foram acionados para atender ocorrência em fazenda de Amambai

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Três policiais ficaram feridos no conflito com indígenas

Dois dos três policiais militares feridos durante confronto com indígenas, na última sexta-feira (25), estão bem e receberam alta, segundo o Batalhão de Choque da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul).

Porém, por orientação médica, um dos militares ainda aguarda cirurgia para retirada do projétil. Ele foi ferido no fêmur e a bala continua alojada. O estado de saúde dele é estável.

De acordo com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), a Polícia Militar foi acionada para atender ocorrência de crime contra o patrimônio e crime contra a vida na Fazenda Borda da Mata, propriedade próxima da aldeia Guapo’y, em Amambai.

No local, os policiais teriam sido recebidos a tiros, conforme divulgado pela Sejusp. Na ação, três militares foram feridos nas pernas e braços. Pelo menos nove indígenas também ficaram feridos e um morreu. O óbito confirmou é o Guarani Kaiowá Vitor Fernandes, de 42 anos.

Ação em Amambai

Desde o dia 19 de junho, a aldeia indígena de Amambai pedia apoio para providências na área de retomada, por questões de conflitos internos. Os problemas antecederam a invasão a uma propriedade rural no dia 23 deste mês e conflito com policiais militares, que resultou na morte do indígena. 

Já no dia 23, marco das primeiras movimentações na Fazenda Borda da Mata, ofício foi encaminhado para a Funai (Fundação Nacional do Índio), MPF (Ministério Público) e Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). No pedido, foi reforçada a situação de conflito interno na aldeia.

A ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar aconteceu após indígenas da etnia Guarani e Kaiowá retomarem uma parte do território de Guapoy, em Amambai. Os militares foram enviados à região e houve conflito.

Neste domingo (26), o MPF (Ministério Público Federal) deu um prazo de 72h para órgãos e entidades oficiais para o envio de informações sobre o confronto. Em nota, o MPF diz que uma perícia antropológica será feita na retomada Guapoy entre os dias 28 de junho e 1º de julho. A perícia será conduzida por analista em antropologia do ministério.

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