Polícia Federal mira empresários e grupo criminoso em operação contra imigração ilegal em MS

Foram 29 mandados cumpridos em quatro estados, entre eles Mato Grosso do Sul

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PF
(Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (1º) uma operação contra imigração ilegal. Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva. Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal foram alvos da operação.

Um grupo que promovia a entrada ilegal de imigrantes, na fronteira da Bolívia com Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, foi alvo da PF. Empresários do ramo de transporte de passageiros também foram alvos da operação.

As investigações tiveram início há cerca de seis meses, após a Polícia Federal identificar um aumento expressivo do fluxo migratório irregular na região.

Imigração ilegal

Os grupos criminosos atuavam com coiotes, que introduziam os imigrantes em território brasileiro, burlando a fiscalização migratória. Eles faziam o serviço com cobrança de valores em dinheiro.

Já em território nacional, os imigrantes embarcavam em ônibus clandestinos e eram conduzidos, em grande maioria, até o estado de São Paulo. No território paulista, eram empregados no setor da indústria têxtil, muitas vezes em condições de trabalho degradantes.

Muitos desses imigrantes acabavam sendo recrutados pelo narcotráfico para servirem como “mulas”, transportando drogas pelo país e retornando com dinheiro em espécie para a Bolívia.

O esquema

O esquema contava com a participação de empresários do ramo de transporte de passageiros, que disponibilizavam ônibus para a realização do transporte dos imigrantes sem conhecimento e autorização dos órgãos de controle, além de motoristas de aplicativos, que atuavam no transporte transfronteiriço dessas pessoas ou como batedores, visando dificultar a fiscalização por parte da polícia.

Os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, organização criminosa e lavagem de dinheiro, conforme o aprofundamento dos trabalhos investigativos.

Nome da operação

O nome da operação é uma referência à língua e ao povo Náuatle, de origem asteca, que deram nome ao coiote, como são conhecidos os criminosos que promovem a introdução de imigrantes ilegais em território de outro país.

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