O policial militar Waldiner Borges da Conceição, levado para a Corregedoria da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) após ser pego com munição calibre .38 dentro da mochila, durante ‘pente-fino’ nas celas do Presídio Militar Estadual, no dia 24 de janeiro, teve a prisão preventiva revogada nesta quarta-feira (9). Waldiner estava preso preventivamente acusado de homicídio.

A decisão é do juiz Alexandre Antunes da Silva e o alvará de soltura data de 1º deste mês e leva em consideração a “inexistência de elementos para a propositura de ação penal militar”, que acatou pedido da defesa. Esta, por sua vez, alegou que Waldiner estava “com uma única munição guardada dentro de sua mochila e não tem acesso a qualquer armamento em que pudesse fazer uso da munição”. O arquivamento do procedimento também foi deferido.

O policial militar foi detido após vistoria nas celas feita durante a Operação ‘Pente-Fino’, deflagrada pela Corregedoria no Presídio Militar Estadual. Ele confessou que a munição era sua, mas alegou que não sabia que ela estava na mochila e que havia sido vistoriado diversas vezes.

Waldiner estava preso preventivamente por homicídio desde o dia 6 de janeiro, acusado da morte de Douglas Souza Mendonça, de 29 anos. O juiz Carlos Alberto Garcete determinou a prisão dele pela posse da munição durante audiência de custódia no dia 25 de janeiro deste ano, “para manter a ordem pública”.

Douglas foi morto a tiro no dia 22 de dezembro, em frente a uma boate em Maracaju. Conforme o advogado Gustavo Scuarcialupi, foi revogada a prisão preventiva e Waldiner deve ser liberado nos próximos dias. Ainda conforme a defesa, foi apontada legítima defesa no caso do homicídio.

Segundo o advogado, Waldiner já tinha saído da boate e estava dentro do carro quando passou a ser provocado por Douglas. Ele então desceu do veículo e Douglas teria sacado um simulacro de arma de fogo. Neste momento, o policial sacou a arma e fez o disparo, que atingiu a cabeça do rapaz.

Douglas morreu no local e o militar permaneceu até a chegada da polícia. “Reagiu de maneira proporcional”, afirma a defesa, já que o militar também já tinha sofrido ameaças e teria usado a arma para se defender. 

*Matéria editada às 14h40 para acréscimo de posicionamento