Pecuarista morta em condomínio de Campo Grande teria pagado 15 mil dólares para executar traficante

Agredida por ex-mulher de traficante, Andreia teria arquitetado plano para execução

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(Reprodução)

A pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, assassinada asfixiada no dia 28 de julho em um condomínio de luxo, em Campo Grande, no Bairro Chácara Cachoeira, teria pago US$ 15 mil dólares para o assassinato do traficante, Ricardo Carvalho Cristaldo. 

O Jornal Midiamax apurou que o plano de execução de Ricardo aconteceu depois que Andreia foi agredida e teve os cabelos cortados pela ex-mulher de Ricardo. A pecuarista havia mantido um relacionamento com o traficante. O crime seria uma vingança arquitetada por Andreia e a irmã.

Andreia sabia que Ricardo havia guardado R$ 600 mil, e com a execução, ela se apropriaria do dinheiro. Conforme apurado, a irmã de Andréia teria desembolsado a quantia de R$ 50 mil para contratar e pagar uma advogada para defender Wagner Cantalupi Batista, 39 anos, conhecido na fronteira. Ele possui 21 passagens pela polícia e atualmente encontra-se detido na PED (Presídio Estadual de Dourados).

Wagner estava envolvido na execução de Ricardo. O pagamento da defesa para o pistoleiro teria como objetivo encobrir as verdadeiras mandantes do crime.

Andreia foi assassinada asfixiada por Pedro Benhur após a armação de um roubo arquitetado pelas funcionárias da vítima, que tinham como objetivo um golpe de R$ 50 mil de pix. A pecuarista já estaria desconfiada da funcionária e queria demiti-la.

Áudios obtidos pelo Jornal Midiamax demonstraram que Andreia desconfiava de Lucimara e queria demiti-la. “Ah, não! Ninguém vai palpitar, principalmente, empregada”, dizia Andreia na mensagem que havia enviado a um familiar. Ela ainda falava que queria trocar de funcionária, mas antes precisava achar outra empregada.

Andreia estava à procura de uma funcionária de confiança para lavar, passar, fazer a comida. Na mensagem, ela ainda falava que Lucimara só estava na casa porque devia serviço para a pecuarista, já que quase não trabalhava mais. 

Em uma mensagem enviada pela prima de Andreia, há o relato de que a pecuarista afirmava que preferia morrer a assinar qualquer papel, já que tudo que ela tinha era do filho. A mensagem se referia a documentos que a irmã de Andreia queria que ela assinasse para quitar uma dívida de venda de gado, no valor de R$ 8 milhões.

Andreia almoçou com mãe de traficante antes do crime

A mãe de Ricardo disse à época para a polícia que no final de semana anterior ao crime, Andreia almoçou na casa dela e, em dado momento, perguntou a Ricardo se ele já havia dito que amava a mãe e, quando teve resposta negativa afirmou: “então é melhor dizer hoje, já que amanhã pode ser tarde”, teria dito ela.

A família de Ricardo ainda contou que, além da caminhonete, ele possuía carretas e outros bens, que acabaram desaparecendo após a sua morte. Ricardo Carvalho Cristaldo foi morto com vários tiros de pistola 9 mm, na Avenida Brasil, em Ponta Porã, em junho de 2015. Ricardo era ex-namorado da pecuarista.

Antes do crime, ele havia deixado a caminhonete que tinha em uma oficina de Ponta Porã, pegando o carro da pecuarista, um Hyundai HB20, branco, no qual foi executado por pistoleiros com vários tiros.

Assassinato da pecuarista

Durante as investigações do assassinato pela Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) foi descoberto que Pedro Benhur, envolvido no crime, havia sido procurado um dia antes pela cunhada, uma funcionária de Andreia. O encontro ocorreu por volta das 19 horas, na casa dela.

Segundo as investigações e os depoimentos, a conversa entre o homem e a funcionária de Andreia teria durado cerca de 30 minutos, no portão da residência. Logo após a conversa, ao entrar em casa, Pedro teria relatado à esposa que iria fazer uma ‘fita’. Ela ainda teria falado: “amanhã vou arrumar bastante dinheiro”.

A irmã da acusada presa contou que tentou desencorajar o companheiro de fazer o roubo, mas ele não recuou. Ela ainda afirmou aos policiais que a acusada pelo assassinato ainda teria falado que daria ao cunhado R$ 10 mil e que era para ela ficar com a metade. Nesse momento, a mulher disse que não participaria de nada.

No dia do crime, o homem saiu por volta das 9 horas dizendo: “vou ir lá”. Depois de 3 horas, por volta do meio-dia, a mulher recebeu um telefonema do companheiro dizendo: “a casa caiu. Eu acho que a Andreia morreu”.

O homem chegou até a casa da companheira carregando uma mala, que ela disse não saber o que havia dentro. Em seguida, o acusado no crime falou que formataria o celular e compraria outro chip. Já por volta das 15 horas do mesmo dia, a mulher recebeu mensagens do envolvido no crime dizendo que estava com medo. A mensagem enviada teria vindo de um celular com DDD de Mato Grosso.

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